O ator José Wallenstein foi o primeiro signatário, mas a ele juntaram-se vários médicos fisiatras, a jornalista Cláudia Pinto e diversas instituições ligadas ao ramo da saúde. Mais de 16 mil portugueses já assinaram uma petição contra o peso excessivo das mochilas escolares em Portugal, lançada no dia 16 de janeiro.
De acordo com um estudo realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), em 2003, mais de metade das crianças do 5º e 6º anos de escolaridade transportam peso a mais nas mochilas.
“Passaram 13 anos desde este estudo. (…) Não estará na mesma, talvez, a maior consciencialização e sensibilização através dos meios de comunicação social, pois a cada ano letivo surgem novos alertas sobre esta situação. Mas todos sabemos que isso não é suficiente. Não chega”, escrevem os autores da petição, da qual fazem parte a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e a Confederação Nacional das Associações de Pais.
A investigação da Deco concluiu 53% das crianças que participaram no trabalho transportavam mochilas com uma carga acima do recomendável pela Organização Mundial da Saúde, superior a 10% do seu próprio peso, sendo que 61% dos estudantes com dez anos de idade carregavam malas com peso excessivo e 44% das de 12 anos também.
O desfecho da análise da Deco levou a que este grupo de personalidades e instituições portuguesas a urgir alterações legislativas. Uma das principais medidas que propõem é que que se crie legislação no sentido de definir que o peso das mochilas escolares não deve ultrapassar os 10% do peso corporal das crianças, tal como o sugerido por associações europeias e americanas, requerendo ainda que se trate o assunto com urgência.
As outras sugestões dos signatários (atualmente 16.631) são as seguintes:
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