A Startup Report Portugal faz menção a 16 startups portuguesas, que no ano de 2016 conseguiram um investimento superior a €150.000. É a primeira vez que este relatório sai em Portugal. É da autoria de Florian Kandler, um austríaco que quer mostrar que Portugal já começa a ter boas oportunidades para pequenas empresas.
Há sete startups com sede em Lisboa, seis no Porto, uma em Guimarães, uma em Braga e outra em Oeiras.
Bem a norte do país, em Braga, a eSolidar foi a única empresa da cidade que conseguiu fazer parte deste relatório. É uma plataforma de comércio eletrónico solidário. A ideia é ajudar as organizações sem fins lucrativos a encontrar novas formas de angariação de fundos. Para além da compra e venda de artigos que destinam parte da receita a instituições sociais, o site disponibiliza ainda um espaço destinado a leilões solidários. A equipa da eSolidar é constituída por seis pessoas e conseguiu investimento de €240.000, onde a Portugal Ventures foi a investidora principal.
Um pouco mais abaixo, em Guimarães, a empresa que entrou na lista é a Stemmatters, uma startup de biotecnologia focada na medicina regenerativa. Foi fundada em 2007 e até hoje conta com uma equipa de 12 pessoas. A Portugal Ventures foi também a principal investidora e ao todo a empresa tem €800.000 de investimento.
A Invicta é berço da startup com mais investimento. A Movvo é a empresa que lidera a lista. Em 2016, o CEO da Movvo, Cyrus Gilberto-Rolfe, conseguiu investimento de 5,5 milhões de euros. Foi fundada em 2014 e tem uma equipa de 28 pessoas. É uma plataforma SaaS (software como serviço) que oferece serviços de inteligência comportamental para os setores de imóveis e para o retalho. A Movvo ajuda os proprietários e operadores de espaços de retalho a aumentar o valor de seus ativos e visitantes, combinando experiência de tecnologia, que prediz e influencia os visitantes dentro de seus espaços físicos. Nos investidores principais contam com Caixa Capital e com a Sonae IM.
A Kinematix, também do Porto, é uma startup especializada no desenvolvimento de dispositivos eletrónicos. Em 2016 teve um investimento de dois milhões de euros. A última invenção é um aparelho chamado TUNE, que consiste num par de palmilhas extremamente finas e leves, equipadas com sensores que capturam cada passo. As informações são enviadas para a app que tem de instalar no smartphone ou smartwatch. Este produto tem sido bastante eficaz no combate às patologias do pé diabético.
Outras startups com sede no Porto são a Xhockware (€900.000), a proGrow(€500.000), Fibersail (€240.000) e a Infraspeak (€230.000). Todas elas foram fundadas em 2014 e 2015.
Em Lisboa, a startup com mais investimento em 2016 foi a 360imprimir, uma gráfica online onde a Pathena investiu três milhões de euros. A seguir está a EGG Electronics, uma startup que “reinventou” a ficha tripla. Já tem mais de dois milhões de euros de investimento da Portugal Ventures e são apenas quatro os trabalhadores. A Tradiio é uma aplicação de música que funciona como aceleradora de artistas. Foram €600.000 investidos no ano passado.
Outras empresas da capital que fazem parte da lista são a Clicklym (€250.000) a probe.ly(€250.000), a Prodsmart (€200.000) e a C2C-NewCap(€150.000).
A Pro-Drone, de Oeiras, fundada em 2014, usa um software específico para comandar drones enquanto estes aparelhos fazem a inspeção de infraestruturas, especialmente em aerogeradores, tornando a examinação mais rápida e segura. A Betwixt Ventures é a investidora principal, tendo injetado €150.000.
Este relatório é dirigido principalmente a fundadores que estão agora a começar no mundo das empresas e dos negócios, mas também para quem ainda não começou mas quer fazê-lo.
Em 2016 foram feitos 16 acordos com startups portuguesas, reunindo €18.690.000 em investimento.
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