A música é uma linguagem universal e, quiçá, por essa razão não poderia faltar nas celebrações que este ano vão ligar Brasil e Portugal, por ocasião do bicentenário da Independência daquele país. É precisamente neste contexto que se enquadra a digressão que a Orquestra Filarmónica de Minas Gerais vai realizar em território nacional no mês de setembro.
A Orquestra, parte integrante do património cultural do Estado de Minas Gerais, atuará em três cidades: Porto (Casa da Música, 6 de setembro), Lisboa (Centro Cultural de Belém, dia 8) e Coimbra (Convento São Francisco, a 9 de setembro). Ainda em Lisboa, no dia 7, a Orquestra dará um concerto ao ar livre, no Jardim da Torre de Belém, no âmbito da programação do festival “Lisboa na Rua”, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa.
Todos os concertos serão conduzidos pelo maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmónica, que irá apresentar obras do compositor português Joly Braga Santos (Abertura Sinfónica nº 3, op. 21), de Heitor Villa-Lobos (Choros nº 6 e Bachianas Brasileiras nº 3, esta última com solo do pianista brasileiro Jean-Louis Steuerman) e ainda de Carlos Gomes (O Escravo: Abertura e Alvorada).
O alinhamento do concerto no Jardim da Torre de Belém, no âmbito do festival “Lisboa na Rua”, irá focar-se nos estilos e influências da música orquestral que é feita no país e apresentar obras de Eleazar de Carvalho, Francisco Mignone, Alberto Nepomuceno, Gilberto Mendes, Guerra-Peixe, Lorenzo Fernandez e Carlos Gomes. Mantendo o espírito de diálogo das celebrações dos 200 anos de Independência, a Filarmónica irá tocar a peça do compositor português, Joly Braga Santos, neste concerto, e ainda lançar um CD inédito, com obras compostas pelo rei Dom Pedro IV (imperador Dom Pedro I, no Brasil). Este CD integra a série “A música do Brasil”, projeto realizado em parceria com o Itamaraty e a editora internacional Naxos.
Uma Orquestra Filarmónica de Minas para o Mundo
A Orquestra Filarmónica de Minas Gerais nasceu em 2008, e é composta por 90 músicos oriundos do Brasil, Europa, Ásia e Américas. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, é uma das instituições de referência do panorama cultura brasileiro, estando sediada em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais.
A discografia da Filarmónica já conta com nove gravações, entre elas duas para a coleção “A música do Brasil”, com a chancela da editora internacional Naxos, com obras de Alberto Nepomuceno e de Almeida Prado – tendo este sido nomeado para o Grammy Latino 2020 na categoria de melhor álbum de música erudita.
Em 2020, a Filarmónica deu mais um passo na promoção e divulgação do seu trabalho, com a inauguração do seu estúdio de televisão, pensado para a transmissão ao vivo dos seus concertos, que depois são disponibilizados no canal YouTube da orquestra.
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