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2017 foi o ano mais quente de sempre sem se verificar o fenómeno El Niño

O ano de 2017 é o mais quente de sempre sem se verificar o fenómeno El Niño, que afeta temperaturas, correntes marítimas e precipitação, segundo a OMM.
6 Novembro 2017, 12h25

Este ano deverá ser um dos três mais quentes de sempre desde que há registos, ficando em segundo lugar, acima de 2015 mas abaixo de 2016, anunciou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O ano de 2017 é o mais quente de sempre sem se verificar o fenómeno El Niño, que afeta temperaturas, correntes marítimas e precipitação, segundo a OMM.

O ano de 2016, em que se verificou um forte El Niño, é o ano mais quente em absoluto, seguido de 2017 e 2015, desde que há registos, indicou a organização na 23.ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que se realiza em Bona, Alemanha.

“Os três anos mais recentes são os mais quentes já registados e incluem-se na tendência para o aquecimento a longo prazo do planeta”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

O ano de 2017 ficou marcado por acontecimentos climáticos extremos de intensidade inédita, como os furacões nas Caraíbas e no Atlântico, temperaturas de 50º na Ásia e a seca na África austral.

“Vários destes fenómenos – os estudos científicos revelarão exatamente quantos – têm a marca do aquecimento global provocado pelas concentrações de gases de efeito estufa libertados pela atividade humana”, sublinhou.

Contando de 2013 a 2017 está-se perante os cinco anos mais quentes de sempre.

Reunidos em Bona, os representantes de 196 países deverão chegar a acordo sobre a aplicação das regras definidas em Paris para manter o aquecimento global abaixo dos 02º em relação à época pré-industrial.

Comparando com níveis de 1750, a concentração de dióxido de carbono aumentou 1,5 vezes e a de metano duas vezes.

A OMM afirma que a tendência verificada leva a um caminho perigoso e que a concentração de gases de efeito estufa continua a aumentar.

“O oceano absorve até 30% das emissões anuais de dióxido de carbono produzidas pelos humanos, mas isso tem um custo” para os corais, a aquicultura e o equilíbrio químico dos mares, salienta a OMM.

A secretária-executiva da conferência, Patricia Espinosa, defendeu que o encontro “deve servir de trampolim para todos os países e setores da sociedade, que serão chamados a rever em alta as suas ambições para o clima”.

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