[weglot_switcher]

“A Arte da Guerra”. “Na realidade, a Guiné-Bissau não ajuda à sua própria estabilização”

“Teremos nós o direito de nos imiscuirmos na situação da Guiné-Bissau no sentido de defendermos a população das opções que os golpes militares fazem? Temos o direito de não pôr o erário público português e europeu ao serviço de quem sistematicamente toma o poder por vias não legítimas”, realçou o embaixador Francisco Seixas da Costa na última edição do programa da JE TV.
15 Fevereiro 2022, 17h50

No início deste mês, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

O ataque causou pelo menos 11 mortos, segundo o último balanço do Governo, e o Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a “gente relacionada com o tráfico de droga”.

“Na realidade, a Guiné-Bissau não ajuda à sua própria estabilização. Teremos nós o direito de nos imiscuirmos na situação da Guiné-Bissau no sentido de defendermos a população das opções que os golpes militares fazem? Temos o direito de não pôr o erário público português e europeu ao serviço de quem sistematicamente toma o poder por vias não legítimas”, realçou o embaixador Francisco Seixas da Costa na última edição do programa “A Arte da Guerra”, da plataforma multimédia JE TV.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.