No início deste mês, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
O ataque causou pelo menos 11 mortos, segundo o último balanço do Governo, e o Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a “gente relacionada com o tráfico de droga”.
“Na realidade, a Guiné-Bissau não ajuda à sua própria estabilização. Teremos nós o direito de nos imiscuirmos na situação da Guiné-Bissau no sentido de defendermos a população das opções que os golpes militares fazem? Temos o direito de não pôr o erário público português e europeu ao serviço de quem sistematicamente toma o poder por vias não legítimas”, realçou o embaixador Francisco Seixas da Costa na última edição do programa “A Arte da Guerra”, da plataforma multimédia JE TV.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.
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