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Camionistas portugueses têm problemas para dormir

Cerca de 67% dos inquiridos revela ter insónias ou dormir mal devido à incerteza fiscal, 66% perder o sono pelo aumento do preço de outras matérias-primas, e 64% ficar afetado com o aumento dos impostos.
6 Fevereiro 2019, 07h33

A maioria dos profissionais com atividade no setor do transporte rodoviário de mercadorias em Portugal não dorme bem.

A conclusão é de um estudo promovido pelo IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing e pela Grounded, em parceria com a ‘Transportes em Revista’ e com o apoio da ANTRAM – Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias.

“Auscultando 15 mil profissionais que trabalham direta ou indiretamente na área do transporte rodoviário de mercadorias, o estudo avaliou oito fatores relevantes e com impacto na manutenção da atividade deste setor, nomeadamente o aumento dos impostos, a incerteza fiscal, o aumento do preço dos combustíveis ou do preço de outras matérias primas, a nova legislação mais restritiva, a falta de mão-de-obra, a evolução da economia e o aumento da concorrência”, explica um comunicado do IPAM.

Dos fatores em observação, o que mais preocupa a população inquirida pelos especialistas do IPAM é o aumento dos preços dos combustíveis, “uma vez que 79% dos inquiridos afirmou que dorme mal ou tem insónias ao pensar no aumento do preço dos combustíveis, demonstrando haver aumento de 6% de profissionais a agravarem as suas preocupações sobre este tema face a 2017 – o que poderá estar relacionado com as recentes oscilações no preço do petróleo e à instabilidade nalguns mercados produtores”.

“Os profissionais deste setor destacaram ainda a incerteza fiscal, o aumento dos impostos e do preço de outras matérias-primas como outros fatores de preocupação, com 67% dos inquiridos a revelar ter insónias ou dormir mal devido à incerteza fiscal e 66% perder o sono pelo aumento do preço de outras matérias-primas e 64% ficar afetado com o aumento dos impostos. Relativamente a 2017, e considerando apenas a variável “Insónia e Durmo mal”, a análise deste ano demonstrou que há sobretudo uma maior preocupação com um potencial aumento do preço das matérias-primas, que passou de 59% em 2017 para 66% em 2018, sobretudo devido à instabilidade e à incerteza no comércio internacional”, adianta o referido comunicado do IPAM.

O estudo conclui ainda que mais de metade dos inquiridos afirmaram que dormem mal devido à falta de mão-de-obra (58%) e pela nova legislação mais restritiva (51%), sendo que  “a evolução da economia retira o sono a 42% e o aumento da concorrência provoca insónias a 30% dos inquiridos”.

“O estudo do IPAM conclui assim que o aumento do preço dos combustíveis continua a ser o fator que mais aflige os profissionais do setor de transporte rodoviário de mercadorias, tendo aumentado esta preocupação em mais 6% em 2018. Dos oito fatores em estudo, a evolução da economia (42%) e da concorrência (30%) são os indicadores que menos provocam distúrbios de sono nos inquiridos. Mais de metade revelam dormir mal devido a incerteza fiscal, aumento de impostos, o aumento do preço de outras matérias-primas, a nova legislação mais restritiva e à falta de mão-de-obra”, conclui o referido estudo.

 

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