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Cinco aplicações financeiras que vale a pena conhecer

Mesmo no contexto atual, é possível investir com segurança. Descubra 5 aplicações financeiras para gerar rendimento no momento que vivemos.
15 Julho 2022, 10h30

Preços dos combustíveis em alta, inflação em níveis record, guerra na Ucrânia e uma pandemia que teima em desaparecer. Um contexto difícil, mas não impossível, para investir. Descubra, neste artigo da autoria do ComparaJá, 5 aplicações financeiras que vale a pena conhecer para gerar um rendimento extra no momento atual.

O que são aplicações financeiras?

Uma aplicação financeira não é mais do que um investimento. Ou seja, é a compra de um ativo com o objetivo de gerar rentabilidade. As opções vão desde produtos mais conservadores, que oferecem menor risco e menor rentabilidade (como Certificados de Aforro ou de Tesouro) a produtos mais rentáveis e com maior risco, como ações e fundos. A escolha depende, essencialmente, do seu perfil de risco e horizonte temporal.

Os conceitos de risco e rentabilidade são proporcionais quando se trata de aplicações financeiras. Quanto maior o risco, mais rentável pode vir ser o investimento. Por outro lado, quanto menor o risco, menor o potencial de rendimento.

Quais as vantagens de escolher aplicações financeiras?

A pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia tiveram um forte impacto económico e social em todo o mundo, mas isso não quer dizer que seja impossível fazer aplicações financeiras que gerem rendimento. Ao investidor com liquidez, estes momentos oferecem a oportunidade de comprar ativos que, de outra forma, seriam mais caros.

Por outro lado, quem se prepara atempadamente para uma crise tem menor probabilidade de entrar em pânico durante períodos de grandes flutuações. Conhecendo bem os riscos, é mais provável que evite vender ao desbarato e que faça ajustes estratégicos, seguindo uma orientação pré-determinada.

E afinal, fazer aplicações financeiras durante uma crise não é assim tão incomum. Só nas últimas quatro décadas, a economia portuguesa passou por cinco recessões, algumas com uma duração de vários anos. Os períodos entre 2008-2009 e 2010-2013 estão naturalmente mais presentes na memória, mas o PIB português contraiu por outras 3 vezes desde 1980.

Embora existam benefícios em investir durante uma crise, os elevados riscos não podem ser ignorados. Nem todos os mercados recuperam, o que significa que há uma probabilidade de perder o dinheiro investido. Mas os riscos mais altos significam que as recompensas também serão maiores. Durante uma crise financeira, pode esperar que os investimentos sejam mais arriscados, mas potencialmente mais lucrativos, principalmente a longo prazo.

A chave para investir é seguir uma estratégia coerente e estar preparado para a manter durante vários anos. Descubra como o fazer com estas aplicações financeiras.

5 aplicações financeiras que vale a pena conhecer

Para investir é sempre necessária alguma cautela, e aproveitar oportunidades para adquirir ativos de elevada qualidade a bom preço. Descubra como o fazer com estas 5 estratégias.

1. Investimento Imobiliário

O investimento imobiliário, um dos mais comuns entre os investidores portugueses e apresenta vários benefícios. O valor dos imóveis em Portugal tem vindo historicamente a aumentar a um ritmo muito superior à inflação. E, adicionalmente, gera um rendimento estável através do aluguer.

Assim que o valor dos imóveis começar novamente a subir, poderá vender com lucro.

2. Ações Blue-Chip

Se vai fazer uma aplicação financeira em ações, é importante escolher empresas de alta qualidade (Blue-Chip) com modelos de negócio sólidos, vantagens competitivas únicas e, de preferência, barreiras à entrada significativas. São estas as organizações mais capazes de lidar com períodos prolongados de recessão no mercado.

As empresas com um balanço sólido, poucas dívidas e fluxos de caixa saudáveis, tendem a sair melhor das crises do que organizações com muita alavancagem operacional (dívida) e menores fluxos de caixa. Uma empresa com estas características tem maior probabilidade de conseguir financiar as suas operações, apesar da economia difícil.

3. Empresas de produtos básicos

Mesmo durante as recessões, os consumidores precisam de continuar a comprar alimentos, medicamentos, bebidas, utensílios domésticos e produtos de higiene. São alimentos básicos de consumo e os últimos itens a serem cortados do orçamento familiar.

Esta é, historicamente, uma das áreas mais seguras no mercado de ações durante uma crise. Já as empresas que vendem artigos de luxo ou que não são de primeira necessidade – por exemplo, SmartTVs ou automóveis – tendem a sofrer quebras de receita.

Os dados mostram que este tipo de empresa superou o S&P 500 durante os últimos cinco períodos de recessão. As empresas de consumo básico, como a Johnson & Johnson, Procter & Gamble ou Walmart tendem a pagar dividendos, o que fortalece o seu perfil defensivo.

Existem fundos que investem estritamente em empresas de consumo básico, o que os torna um excelente exemplo de aplicação financeira para períodos de crise.

4. Empresas que pagam dividendos

Para os investidores, a aposta em empresas que pagam dividendos traz vários benefícios. Em primeiro lugar, se uma empresa tem um longo histórico de pagamento e aumento de dividendos, tem maior probabilidade de ser financeiramente sólida e poder sobreviver à a ambientes económicos adversos.

Em segundo lugar, mesmo com a queda dos preços das ações, o investidor ainda mantém alguma rentabilidade, através dos dividendos. Por estas razões, as ações com dividendos tendem a superar as ações sem dividendos durante as desacelerações do mercado.

5. Metais preciosos

Os metais preciosos, como o ouro tendem a ter um bom desempenho durante as desacelerações do mercado. Mas, como a procura costuma aumentar, os preços também sobem. Por isso, os metais preciosos são um bom investimento não durante a recessão, mas sim em períodos de bonomia como forma de antecipação e diversificação.

É possível investir em metais preciosos de várias maneiras diferentes. O caminho mais simples é comprar moedas ou barras de ouro. Se procura obter outras formas de exposição aos metais preciosos, com direito a dividendos e mantendo a liquidez, pode investir em ETFs ou fundos de investimento de empresas mineiras ou outras organizações relacionadas com o universo do ouro.

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