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Mais de 6.700 portugueses emigraram para Angola em 2015

Entrada de portugueses em Angola voltou a crescer em 2015, ano em que os efeitos recessivos da crise dos preços do petróleo não se fizeram ainda sentir, segundo o OEm.
30 Janeiro 2017, 17h20

Em 2015, a emigração portuguesa para Angola cresceu 32% com a entrada em Angola de mais 6.715 portugueses, não se fazendo sentir naquele ano os efeitos recessivos da crise dos preços do petróleo.

“Contrariamente ao esperado, a emigração portuguesa para Angola cresceu significativamente em 2015”, revela o Observatório da Emigração (OEm), dando conta de um crescimento de 32% que compara com a entrada de mais 5.098 portugueses (mais 10%), em 2014, e mais 4.651, em 2013.

Com os dados disponíveis, acrescenta OEm, os efeitos recessivos da crise dos preços do petróleo ainda não se terão feito sentir naquele ano. “Pelo contrário, em 2015 não só se manteve como acelerou o crescimento que se tem verificado desde 2013”, avança.

Segundo o OEm, Foram pelo menos 6.715 os portugueses que, em 2015, entraram em Angola, que cita dados dos consulados da República de Angola em Lisboa e no Porto e dando conta que não está disponível informação sobre os vistos emitidos pelo consulado de Angola em Faro.

O Observatório da Emigração explica que estes valores correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos emitidos pelos consulados de Angola no Porto e em Lisboa, para portugueses em situações de emigração: privilegiado, trabalho (o mais comum), trabalho por protocolo, fixação de residência e outros (estudo e permanência temporária).

Os números da saída de portugueses Angola têm crescido de forma significativa desde 2006, ano em que o Consulado daquele país em Lisboa emitiu apenas 156 vistos, um número que subiu para 1.296 no ano seguinte.

Em 2008 houve uma ligeira subida: 1.474 portugueses receberam o visto. Mas foi em 2009 que se verificou o maior aumento – 23.787 portugueses deram entrada naquele país para residirem, pelo menos, durante um ano.

Segundo o OEm, os valores de 2009 não são directamente comparáveis aos de anos anteriores e para 2010. Os de 2009 incluem, para além dos vistos concedidos por Lisboa, os que foram concedidos pelo Consulado de Angola no Porto e pelo Serviço de Migração e Estrangeiros angolano. Estes números relativos a 2009 correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos: privilegiado (480), trabalho (12.114), trabalho para a reconstrução nacional (8.843), permanência agregado ao visto de trabalho (1.973) e outros (estudo e permanência temporária, 377).

Esta contabilização exclui os vistos que, pela sua duração ou objectivo, não contemplam situações de emigração. Estão nesta situação os vistos de: turismo; tratamento médico; cortesia; diplomáticos; curta duração (prazo máximo de 14 dias); ordinários (prazo máximo de 90 dias); e trânsito (prazo máximo de 60 dias).

Os valores de 2009 não são diretamente comparáveis aos de 2013, 2014 e 2015 devido a mudanças na tipologia dos vistos e à inclusão de vistos emitidos pelo Serviço de Migração e Estrangeiros angolano (para além dos emitidos pelos consulados de Angola em Portugal). Os valores de 2013, 2014 e 2015 correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos emitidos pelos consulados de Angola no Porto e em Lisboa, para portugueses em situações de emigração: privilegiado, trabalho (o mais comum), trabalho por protocolo, fixação de residência e outros (estudo e permanência temporária).

[correcção de título que por lapso referia “6.700 mil” e não “6.700 portugueses”]

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