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72% dos compradores ‘online’ em Portugal usam o ‘smartphone, acima da média europeia

O estudo foi realizado para o Grupo DPD pela agência Gfk, tendo tido uma abrangência de 25 mil entrevistas ‘online’ em 21 países da União Europeia, Rússia e Brasil.
5 Março 2020, 07h47

Os compradores ‘online’ (‘e-shoppers’) regulares em Portugal fazem 81% de todas as compras por meios digitais, conclui um estudo do Grupo DPD, especializado na distribuição de correio expresso.

O estudo foi realizado pela agência Gfk, tendo tido uma abrangência de 25 mil entrevistas ‘online’ em 21 países da União Europeia, Rússia e Brasil.

A amostra por país oscilou entre 800 e 1.500 entrevistados, com mais de 18 anos, que tenham recebido uma encomenda após uma compra ‘online’, sendo que em Portugal foram entrevistados mil ‘e-shoppers’, não necessariamente mil ‘e-shoppers’ de nacionalidade portuguesa.

O trabalho de campo para realizar este estudo foi realizado em junho de 2019.

Nos restantes países em que foi realizado estudo para o Grupo DPD, a percentagem de ‘e-shoppers’ regulares situa-se em 85%.

Em Portugal, 84% dos compradores regulares ‘online’ consideram que esta forma de efetuar compras faz poupar tempo (80% na média europeia) e 72% que faz poupar dinheiro (66% nos restantes países)

67% pensam que comprar ‘online’ reduz muito o ‘stress’ de comprar em lojas (67% também na média europeia), 83% consideram que as marcas e empresas têm de ser ambientalmente responsáveis,mas apenas 53% se asseguram que compram, produtos amigos do ambiente sempre que possível e 49% estão dispostos a pagar mais por produtos ou serviços que respeitem o ambiente.

Em Portugal, 72% dos ‘e-shoppers’ regulares usam um ‘smartphone’ para comprar ‘online'(64% na média europeia), 75% partilharam ou publicaram ‘feedback’ após a compra (70% nos restantes países) e 72% escolheram o ‘website’ baseados nas redes sociais e ‘influencers’.

Mas apenas 11% estão subscritos num programa de fidelização de retalhista ‘online’ (31% na média dos restantes países). 6% (9% na média europeia) devolveram a sua última encomenda e 56% consideraram o processo fácil (60%nos restantes países).

Sobre as preferências de entrega dos ‘e-shoppers’ regulares, 76% recebem as encomendas em casa (86% na média europeia), 30% no trabalho (18% nos restantes países) e 17% numa ‘parcel shop’ (o mesmo valor da média europeia). 83% consideram que a entrega da sua última compra ‘online’ foi fácil (82% na média europeia).

Os compradores regulares ‘online’ inquiridos em Portugal são entusiastas de informação em tempo real sobre a entrega, várias opções de entrega, selecionar dia e janela de uma hora de entrega antecipadamente, possibilidade de alterar a entrega, entrega no dia seguinte e de saber a janela exata de uma hora de entrega.

O estudo da DPD definiu três perfis típicos de ‘e-shoppers’: os aficionados do ‘e-shopping’ (117 inquiridos), que representam 12% do total do universo inquirido e são constituídos em 55% por mulheres (65% na média europeia), com cerca de 40 anos de idade; os compradores epicuristas (134 inquiridos), que representam 13 do total, são formados em 65%& por mulheres (56% na média europeia) e têm uma idade média de 39,8 anos (41,3 anos na média europeia); e os ‘e-shoppers’ eco-seletivos, que representam 17% do total, divididos em metade entre homens e mulheres (53% de mulheres ma média europeia), com uma idade de 45,2 anos (364 anos de idade na média europeia).

Segundo Carla Pereira, diretora de marketing e comunicação do Grupo DPD Portugal, “os aficionados do ‘e-shopping são a base do ‘e-commerce’, os compradores epicuristas são o combustível para o crescimento futuro e os ‘e-shoppers’ eco-seletivos têm uma consciência ecológica crescente”.

Os aficionados compram todo o tipo de bens ‘online’, incluindo mercearia e frescos: 59% começaram a comprar ‘online’ há mais de cinco anos (67% na média europeia), adquirindo bens e serviços de 7,3 categorias (8,5 categorias na média europeia). Os artigos de moda (76% em Portugal, 77% na média europeia), calçado (70% em Portugal, 69% na média europeia) e beleza/saúde (58% em Portugal, 69% na média europeia).

Compram muito em ‘websites ‘estrangeiros (91% em Portugal, 73% na média europeia), especialmente fora da Europa, com destaque para a China (70% em Portugal, 68% na média europeia), Espanha (61% em Portugal, 10% na média europeia) e Reino Unido (50% em Portugal, 32% na média europeia).

Os aficionados de compras ‘online’ têm uma elevada satisfação com a experiência de compra, que leva a uma forte fidelização. A última experiência de compra foi positiva para 73% dos inquiridos deste perfil nesta estudo do Grupo DPD (84% na média europeia. 77% são fiéis a certos ‘websites’, mas gostam de mudar algumas vezes (75% na média europeia) e 15% estão subscritos num programa de fidelização de retalhista (39%na média europeia).

Têm uma vida ‘online’ muito ativa, que influencia as suas escolhas de ‘e-shopping’ e consideram o processo de entrega como fácil, combinando entregas em, casa com locais alternativos.

Por seu turno, os epicuristas compram várias categorias ‘online’ – 3,9 categorias (4,8 categorias na União Europeia), mas com uma frequência média. 78% (84% na média europeia) deste perfil de ‘e-shoppers’ em Portugal consideram que comprar ‘online’ é tão conveniente que o fazem cada vez mais.

Estes ‘e-shoppers’ compram artigos de moda (62%, 55% na média europeia), de beleza/saúde (37%, 41% na média europeia) e livros (26% em Portugal, 33% na media europeia).

São menos experientes em termos de ‘e-shopping’, o que impacta a forma como compram, tendo começado a comprar ‘online’ há menos de cinco anos (50%em Portugal, 43%na média europeia). As redes sociais estão entre os motores principais de escolha de um ‘website’ para os epicuristas, que devolvem as compras mais do que a média. Cerca de metade consideram que a devolução não foi fácil.

Tal como os aficionados, utilizam locais alternativos à entrega em casa. Estão muito satisfeitos com a entrega, embora menos que a média. 59% consideram importante conhecer a transportadora (77% na média europeia).

Por fim, os ‘e-shoppers’ eco-seletivos, que estão apenas representados nos países da Europa Ocidental e na Polónia, têm menos categorias no seu carrinho de compras e uma frequência menor de aquisição, com um total de 3,1 categorias (quatro categorias na média da União Europeia).

A sensibilidade para os bons negócios leva-os a procurarem em ‘sites’ estrangeiros. Ficam particularmente desencorajados por maus ‘buzz online’, enquanto que os tópicos relacionados com a entrega são menos importantes.

Estão satisfeitos coma experiência de entrega e valorizam mais que a média o domicílio, mas também as moradas alternativas para efetuar a entrega das encomendas.

 

 

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