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800 milhões de pessoas ainda vivem abaixo do limiar da pobreza

Apesar dos progressos feitos no combate à precariedade e desigualdade social, registam-se ainda inúmeros casos críticos, sobretudo na África Subsaariana e no Sul da Ásia.
  • Alkis Konstantinidis/Reuters
3 Outubro 2016, 16h42

Um relatório revelado esta segunda-feira pelo Banco Mundial (BM) dá conta de que quase 800 milhões de pessoas viviam, em 2013, com menos de 1,90 dólares (1,70 euros) diários. De acordo com o presidente do BM, Jim Yong Kim, “a menos que se retome um crescimento global mais rápido e que se reduza a desigualdade, poderá falhar o objetivo do Banco Mundial de eliminar a pobreza extrema até 2030”.

Jim Yong Kim destaca o esforço feito pelos países no combate à precariedade numa altura de abrandamento da economia global. Desde 1990, cerca de 1,1 mil milhões de pessoas escaparam à pobreza extrema e as desigualdades sociais reduziram-se de forma significativa, mas “ainda há muitas pessoas a viver com demasiado pouco”, sublinha o líder do Banco Mundial.

Foi a região da Ásia Oriental e Pacífico – especialmente a China, Indonésia e Índia – que se mais contribuiu para a redução dos índices de pobreza registados. Atualmente, metade das pessoas em pobreza extrema vivem na África Subsaariana e um terço no sul da Ásia.

Já no combate às disparidades sociais, o Brasil, o Camboja, o Mali, o Peru e a Tanzânia foram os países que mais cooperaram na redução das desigualdades a nível mundial. Por cada país com registo de aumento da desigualdade, outros dois assinalam diminuições similares, situação que tem vindo a progredir desde 2008.

No entanto, o BM deixa o alerta de que em 34 dos 83 países avaliados as diferenças entre ricos e pobres aumentaram e há 23 países em que os mais carenciados viram os rendimentos ainda mais reduzidos.

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