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A “crise de boas notícias”, o próximo desafio de António Costa

O Financial Times lembra que BE e PCP pressionam agora o Executivo de António Costa para manter uma recuperação económica robusta.
  • Reuters
6 Junho 2017, 09h47

Em plena recuperação económica portuguesa, o primeiro-ministro poderá descobrir proximamente que o sucesso também traz os seus próprios problemas, segundo escreve o Financial Times. Num artigo publicado esta segunda-feira à noite, o jornal chama a António Costa um governante “orgulhosamente anti-austeridade”, mas lembra que também existem dificuldades em manter uma recuperação económica robusta.

Em declarações ao FT, a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, defende que “toda a margem financeira que o país ganhe” com esta recuperação económica, “deve ser usada para reconstruir o que foi perdido” durante a crise. O jornal lembra que BE e PCP pressionam o Executivo de António Costa para cortar o IRS e subir as pensões.

“Os partidos de extrema-esquerda vão sem dúvida continuar a pedir mais despesa. Mas tem um incentivo para não abanar muito o barco, pois correm o risco de serem acusados de criar instabilidade”, refere o analista da Teneo, António Barroso, ao FT.

A expressão “crise de boas notícias”, usada pelo FT, foi criada pelo Público para representar a situação nacional, incluindo um crescimento ao dobro do ritmo da zona euro, a quebra dos juros da dívida pública para mínimo de 10 meses, a descida do desemprego e a recomendação da Comissão Europeia que Portugal abandone o procedimento dos défices excessivos.

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