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“A digitalização não é um problema. É uma necessidade”

A conferência final da EY sobre a transformação digital decorreu hoje na Gulbenkian e contou com a presença de vários especialistas.
12 Dezembro 2017, 16h38

No debate pontos criticos do digital: “Are You managing Digital Disruption or its managing you”?, no âmbito da conferência final Beyond – Portugal Digital Revolutions, que decorreu hoje na Gulbenkian, discutiu-se o futuro e os desafios da disrupção digital.

Para Sandra Santos, CEO do grupo BA, “a digitalização não é um problema. É uma necessidade”.  “Uma grande oportunidade para ganhar tempo e eficiência. Os nossos colaboradores participam na discussão da informação e nas decisões. É uma oportunidade a agarrar”, diz. Sobre os obstáculos sublinha a necessidade de “assistir a um interface mais ‘friendly’ com o utilizador”.

O debate foi moderado por Filipe Alves, diretor do Jornal Económico, e também contou com a presença de José Alegria, Chief Security Officer na Portugal Telecom, David Xavier, secretário geral da presidência do conselho de ministros e Guilherme Vitorino, professor da Nova IMS.

Por seu lado, José Alegria falou da oportunidade “enorme” e das “ameaças” das novas tecnologias. “O desafio é usar este fenómeno para desmaterializar as nossas redes e agilidade para conceber soluções para os clientes. O problema das operadoras é que não podem de forma autoritária fazer com o que o cliente deixe as tecnologias obsoletas porque eles estão satisfeitos”.

David Xavier, secretário geral da presidência do conselho de ministros, dá outro exemplo. “Hoje a administração publica marca pontos. Há um desafio sobre como é que podemos servir de mediador entre todos os operadores que estão no mercado”.

Para Guilherme Vitorino, professor da Nova IMS, este processo de mudança é muito importante. “A instituição universidade tem de se repensada e estamos a fazer o nosso caminho. O digital é transversal e obriga-nos a pensar em colaborar e até em mudanças na organização das empresas”.

Em relação aos recursos humanos, Sandra Santos, CEO do grupo BA, deixa um aviso. “Não vamos ser capazes de atrair talento senão tivermos as condiçoes adequadas para que isso aconteça”. José Alegria, Chief Security Officer na Portugal Telecom, realça o problema da escassez de quadros no tema da cibersegurança. “As univeresidades não produzem os quadros suficientes. Não existem medidas concretas e a economia digital tem de desenvolver artefatos com resiliência”.

Para David Xavier, “é necessário procurar recursos humanos para determinadas áreas”. O secretário geral da presidência do conselho de ministros diz também que “Portugal deve ter orgulho no que está a fazer”. Já Guilherme Vitorino, professor da Nova IMS, conta que é preciso respeitar “o ritmo de cada pessoa e que, como sociedade, temos de discutir estes temas”.

Durante os últimos meses, a EY organizou sete conferências setoriais, com o objetivo de analisar e partilhar casos de sucesso. Paralelamente às conferências decorreram  sessões de aceleração que promoveram o debate em torno dos desafios e obstáculos que enfrentam vários áreas preponderantes, como as communities & sharing, cybersecurity, costumer, lifestyle, competitiveness e talento, para fazer face à disrupção.

Para João Alves, country managing partner da EY Portugal, a conferência final foi o “culminar da segunda edição de um movimento que lançamos o ano passado e que pretende alertar para as questões da digitalização da economia em setores estratégicos para o nosso país”.

A conferência contou com a presença de todos os champions’ que lideraram as conferências setoriais do Beyond, e foi o palco para a apresentação do case study  Wine Blockchain, um projeto da EY desenvolvido para fornecer aos consumidores informação fiável sobre o vinho que compram, fornecendo-lhe dados sobre o seu cultivo, processo de produção e ponto de venda – dados que são armazenados de forma segura e que utilizam a tecnologia blockchain.

O Beyond tem como embaixadores: Marçal Grilo – Ex-Ministro da Educação –, Miguel Castro Neto – Subdiretor da Nova Information Management School – e Madalena Tomé CEO da SIBS Portugal.

EY lança Observatório de Impacto Digital

A EY Portugal divulgou hoje, na conferência que encerrou a 2ªedição do Beyond – Portugal Digital Revolutions, o lançamento do Observatório de Impacto Digital EY/Nova, o primeiro observatório digital criado no nosso país.

O Observatório, desenvolvido pela EY em parceria com a Nova School of Business and Economics, pretende afirmar-se como um projeto inovador, disruptivo e continuo e tem como objetivo desenvolver um espaço de monitorização do impacto da revolução digital nas empresas e acompanhar, e caracterizar, a evolução da sua maturidade digital. Esta monitorização vai estar centrada em três eixos essenciais: a orientação das equipas executivas, a preparação das estruturas operacionais e a materialização dos resultados.

O Observatório vai realizar uma série de estudos, sendo que o primeiro vai ser divulgado em abril de 2018 e analisará diversas dimensões. Para além de apresentar as principais tendências transversais e as especificidades em diversos setores, vai medir a evolução da maturidade digital das empresas em Portugal e analisar o nível de confiança sobre o impacto da transformação digital nas estruturas empresariais.

Para João Alves, Country Managing Partner da EY Portugal, “Desde o início da 1ª edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions temos registado diversas alterações nas empresas nacionais, que têm vindo a ajustar as suas estratégias e os seus modelos de negócio de acordo com as exigências da digitalização e da transformação digital. Sabemos hoje que o enfoque das organizações está a convergir para a revolução digital. Mas, consideramos que chegou o momento de ir mais longe e de identificar e caraterizar as empresas nacionais para percebermos em que fase se encontram relativamente à transformação digital. Obtendo estes dados conseguimos identificar perfis empresariais que podem transmitir informação relevante acerca da competitividade das empresas nacionais”.

 

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