Na semana passada, a Embaixada Britânica em Lisboa associou-se a dois eventos relacionados com a ciência: o FIC.A – Festival Internacional de Ciência e o 2021 Champalimaud Research Symposium.

O FIC.A, primeiro festival internacional de ciência em Portugal, organizado pelo município de Oeiras, foi uma lufada de ar fresco. Com mais de 4.500 visitantes diários e inúmeras atividades tanto para crianças como para adultos, várias delas levadas a cabo por cientistas britânicos de renome, o FIC.A está bem posicionado para ser um agente de mudança e contribuir para uma sociedade qualificada, capaz de melhor compreender e tomar decisões no mundo altamente complexo em que vivemos.

É, pois, importante dar aos cidadãos as ferramentas necessárias para que possam abraçar novas perspetivas. É algo que valorizamos profundamente no Reino Unido e para o qual as nossas instituições de investigação e ciência contribuem com as suas atividades.

Tive a oportunidade de visitar o FIC.A e fiquei impressionado com a qualidade da oferta e com o entusiasmo e a dimensão do público. Também fiquei satisfeito por saber que este festival se inspira, pelo menos em parte, no Festival de Ciência de Cheltenham no Reino Unido. É mais um exemplo da importância de manter um diálogo aberto e uma estreita colaboração entre diferentes organizações nos nossos países.

Esta foi também uma oportunidade para vivenciar alguma da criatividade, música e cinema do Reino Unido que, espera-se, tenham contribuído para elevar as credenciais do Reino Unido como nação de criatividade e inovação.

Associámo-nos igualmente ao Champalimaud Research Symposium (CRS21) deste ano, subordinado ao tema “Diálogos sobre inteligência neurológica e das máquinas”. Este tema faz uma ligação entre a complexidade dos dias de hoje e a importância de um diálogo sustentado entre diferentes campos de especialização para alcançar objetivos comuns.

Através da nossa parceria com a Fundação Champalimaud, pudemos apoiar sete doutorandos com base no Reino Unido para virem ao CRS21. Todos destacaram a oportunidade de apresentarem os seus estudos num evento de tão grande visibilidade e de discutir oportunidades para futuras colaborações com investigadores de todo o mundo.

Por razões que todos conhecemos, para alguns este foi o primeiro evento internacional desde que iniciaram os seus doutoramentos. Espero que esta experiência os ajude a alcançar os objetivos que prosseguem.

Apesar de bastante diferentes, estes eventos são duas faces da mesma moeda – investir no conhecimento e nas competências das pessoas. Esta é a melhor forma de combater a desinformação e preparar a sociedade futura. Não é uma tarefa fácil e só a conseguiremos alcançar se trabalharmos em conjunto, missão na qual o meu governo está ativamente empenhado.

No futuro, a ciência, a tecnologia e a inovação continuarão a ser um ativo incrível no reforço da nossa relação bilateral. Estarão novamente em destaque nos primeiros dias de novembro na Web Summit, onde, uma vez mais, o Reino Unido vai estar presente com um forte contingente.