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‘Regeneração das cidades’: a necessidade vai criar as oportunidades

As novas gerações têm uma perspectiva de vida diferente e que obrigará a repensar os espaços.
28 Abril 2019, 17h00

Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da APPII – Associação Portuguesa dos Investidores Imobiliários, tem sido uma das vozes activas na defesa destas novas formas de habitar e de trabalhar. Revela que as soluções alternativas de produtos imobiliários são investimentos seguros porque vão ao encontro das necessidades e das novas gerações.

“Sobre o grande chapéu do tema da ‘Regeneração das cidades’, as novas tendências a nível mundial do sector imobiliário, em particular os agora tão famosos Alternatives to Residential, onde se inclui o Coliving, o coworking, o senior and assisted living, o micro-housing, o student housing  são ferramentas muito importantes à disposição de todos, tanto entidades públicas como privadas, na construção das cidades do futuro!”, garante.

Admite mesmo, que como consequência destas ferramentas, estaria-se a contribuir para a criação de mais oferta no mercado e a ajudar naturalmente a um nivelamento dos preços. “Não sendo claramente suficiente, é certo, sabemos que poderia ser uma boa ajuda”.

O responsável da APPII explica que perante as necessidades atuais onde se viaja a uma velocidade alucinante e o mundo e as vivências estão a mudar brutalmente, “as novas gerações, como os millennials, os digital nomads, os young profissionals, ou os expats, têm uma perspetiva de vida completamente diferente, que nos obrigará a repensar uma série de modelos e conceções, especialmente na configuração dos espaços. E, portanto, a indústria do imobiliário não pode ficar alheia a toda essa transformação”.

Hugo Santos Ferreira assegura que são eles os cidadãos do futuro, ou seja, são aqueles que vão habitar as cidades que hoje estamos a construir. As razões que estiveram por trás do nascimento destas formas alternativas, são na opinião do responsável, em primeiro lugar devido a dois problemas que são comuns à maioria das cidades desenvolvidas do mundo e que são, a falta de oferta habitacional e a consequente escalada dos preços.

“É por isso que estas formas alternativas são ferramentas aptas a resolver tais problemas, pois são dotadas de áreas privadas mais pequenas, com a óbvia disponibilização a preços mais baixos.

E, segundo, porque as necessidades destes novos habitantes mudaram. Há um novo estilo de vida. Não é só a busca de preços mais baixos que motiva a procura por estas formas alternativas, há uma maior apetência pela vida em comunidade”.

Entraves? Hugo Santos Ferreira aponta para o mais impactante, que é a “regulamentação camarária aplicável aos novos modelos, a qual não é linear e levanta algumas dúvidas e questões… Mas uma coisa é certa: a necessidade vai criar a oportunidade e os problemas existem para serem resolvidos. Assim as entidades públicas se juntem aos privados na resolução desses problemas e com isso na criação das cidades do futuro”, conclui.

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