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À procura de petróleo. Trump abre área protegida no Ártico para perfurar

A Liga para a proteção da vida selvagem no Alasca garantiu que a notícia não é surpresa para ninguém mas que “a administração escolheu a alternativa mais agressiva de leasing, sem fingir que é para proteção ou restrição”.
13 Setembro 2019, 19h15

A administração de Donald Trump está a finalizar planos que permitem que perfuração de petróleo e gás numa porção protegida há várias décadas no Refúgio de Vida Selvagem no Ártico, avança o jornal britânico ‘The Guardian’, esta sexta-feira.

A publicação avança que o departamento de gestão do território vai oferecer arrendamentos numa zona de planície costeira com 6.475 metros quadrados. Sabe-se que esta zona que o departamento está disposta a arrendar tem habitação de ursos polares ou as renas Porcupine Caribou vão para perder o seu pelo invernoso.

Teme-se que a decisão de Trump possa colocar o reino animal em perigo ou colocar as populações indígenas em risco de dependência, uma vez que as perfurações podem afetar a caça e pesca de subsistência que estas populações precisam para sobreviver.

A Liga para a proteção da vida selvagem no Alasca garantiu que a notícia não é surpresa para ninguém mas que “a administração escolheu a alternativa mais agressiva de leasing, sem fingir que é para proteção ou restrição”.

A área ambiental sensível do Ártico do Alasca tinha sido proibida de perfurar até uma alteração do Congresso norte-americano, numa lei tributária que data de 2017, que à qual a liga de proteção da vida selvagem chamou de “simulação de votação”.

A agência de gestão de território estima que o petróleo extraído e queimado da área do Ártico possa colocar o equivalente a entre 700 mil e cinco milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono na atmosfera a cada ano. Este valor é o equivalente a um milhão de carros a mais na estrada, por ano.

Estima-se que, desde 2017, a indústria de perfuração petrolífera detém um produto interno bruto mundial entre 75 biliões e 87,5 biliões de dólares (68 biliões e 79 biliões de euros).

Diversos cientistas globais concluíram que as ações humanas, com especial foco na queima de combustíveis fósseis, são o principal fator do aumento de um grau Celsius observados desde o início da industrialização.

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