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A rua explode na Underdogs

A exposição coletiva “I don’t wanna be, I am” reúne nove artistas no espaço principal da Galeria Underdogs, em Lisboa, que acolhe também a “folia das grandezas” de Julien Raffin na sua Cápsula. Para ver até 21 de maio.
  • Galeria Underdogs
12 Abril 2022, 17h04

O coletivo internacional Ink and Movement, com raízes na América do Sul e Espanha e sede em Madrid, ainda que assuma contaminações de outras geografias, dá-se a conhecer em “I don’t wanna be, I am”,  no espaço principal da Galeria Underdogs, no Braço de Prata, em Lisboa.

Pintura, escultura e graffiti são algumas das técnicas usadas pelos argentinos Elian Chali e Franco Fasoli, e pelo sexteto espanhol composto por Martí Sawe, Misterpiro, Nano4814, Okuda San Miguel, Sabek, Sixe Paredes e Spok Brillor.

“I don’t wanna be, I am” funciona como um statement – somos o que somos, não fingimos nem nos passamos por aquilo que não somos – tem força acrescida na chamada ‘era das fake news’. A exposição está em Lisboa até dia 21 de maio, depois de ter sido apresentada em Hamburgo, na Alemanha, e Miami, EUA.

O imaginário deste coletivo, Ink and Movement, está na origem de objetos criativos que o conceito de identidade no contexto do mundo da arte internacional, e nasce da necessidade de abordar novos códigos, novos espaços e novas formas de interação dentro do universo da criação contemporânea. Algumas das obras apresentadas nesta mostra já deram origem a um conjunto de NFT, lançados recentemente na plataforma Ephemeral Ethernal.

 

© Julien Raffin

No espaço Cápsula, o artista francês Julien Raffin prossegue com a sua sua reflexão sobre a evolução e o progresso industrial numa exposição individual intitulada “La Folie des Grandeurs”. Digamos que Raffin continua a explorar a “folia das grandezas” – à imagem daquilo que fez há poucos meses numa intervenção no espaço público em Lisboa, com um mural na Estação de Santos –, isto é, a criatividade das invenções industriais e respetivo impacto e consequências na sociedade.

A viver em Honk Kong há oito anos, leva muito a sério o seu autodidatismo e considera a prática artística como uma forma quase secreta de autoexpressão. Começou por estudar fotografia, mas depois enveredou pela colagem como meio de expressão. As suas estórias (narrativas?) não deixam de ter um je ne sais quoi de poético, sem abdicar da acutilância do olhar, da crítica e lupa social.

As duas exposições estão patentes na Galeria Underdogs até dia 21 de maio; são de entrada livre e podem ser vistas de terça a sábado, das 14h às 19h.

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