É muito estimulante que existam iniciativas que façam pensar e contribuam para a definição dos melhores caminhos a seguir para o desenvolvimento do nosso país. Exemplo disso é o paper produzido muito recentemente por vários representantes do The Lisbon MBA Alumni Club, uma comunidade com cerca de 3 mil antigos alunos dos programas de MBA da Católica Lisbon School of Business and Economics e da Nova School of Business and Economics.

Nesse paper, sob o título “ReImaginar Portugal” – o qual foi já apresentado numa conferência pública esta semana – foram reunidos 30 contributos da comunidade The Lisbon MBA em áreas como a educação, saúde, finanças, retalho, turismo, empreendedorismo, agricultura, tecnologia e sustentabilidade.

Segundo os próprios autores, as ideias chave do documento integram uma visão estratégica com execução como peças fundamentais para uma liderança resiliente em Portugal, a sustentabilidade e a transição energética como eixos fundamentais à recuperação económica do país, a necessidade de monitorizar e responsabilizar a aplicação de fundos europeus, a restruturação do turismo: o conceito pay-per-use e turismo regenerativo, a necessidade de endereçar o envelhecimento populacional, a baixa produtividade e a elevada dívida do Estado.

Isto a da importância de investir na digitalização, segurança e e-commerce: as telecomunicações como motor da digitalização e do futuro, a importância da reindustrialização e reposicionamento em setores e segmentos de maior crescimento e valor acrescentado, a aposta na educação e requalificação dos portugueses para melhorar o nível de capital humano do país e a produtividade, a saúde como motor da economia e de uma sociedade mais sustentável, a participação cívica e a discussão apartidária como incentivos a uma cultura de excelência e a necessidade de ter uma administração pública mais ágil, qualificada e com processos transparentes.

Esta iniciativa de um grupo representativo da academia, a somar a outras que têm tido uma atividade regular como o ciclo de debates “Portugal Agora”, coordenado por Carlos Sezões da Stanton Chase, ou as conferências do Movimento Europa e Liberdade, organizadas por Jorge Marrão e Paulo Carmona, são sinais de vitalidade da sociedade civil e do seu desejo de intervir no sentido de um Portugal melhor, mais sustentável e mais equitativo.

Em conjunto, todas estas e ainda outras entidades têm em comum um diagnóstico com imensas semelhanças, desde o reconhecimento do desperdício de talento nacional à identificação de um Estado pesado e ainda excessivamente burocratizado. Nas soluções e abordagens existem obviamente diferenças mas, como agora o grupo “ReImaginar Portugal” mais uma vez demonstrou, há também em comum uma energia focada em soluções e propostas positivas que efetivamente melhorem o país e a vida das próximas gerações, muito para além de um horizonte de curto prazo. Como disse John F. Kennedy, a mudança é a lei da vida e aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.

 

Uma empresa de Aveiro dá cartas no Dubai, Reino Unido e Holanda com soluções tecnológicas de prevenção e segurança contra a Covid-19. A PLM Global, criadora da marca Prevention, ofereceu mesmo um dos seus equipamentos à embaixada portuguesa em Abu Dabhi. Mais um exemplo das capacidades de inovação e adaptação dos nossos empresários.

 

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