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“A última coisa que faria era culpar os portugueses”. Siza Vieira esclarece afirmações ao “New York Times”

O jornal norte-americano “New York Times” publicou, a 2 de fevereiro, um artigo sobre o impacto da pandemia no serviço nacional de saúde português, em que Siza Vieira afirma que os “portugueses não respeitaram restrições”. O ministro alega que as suas palavras foram “deturpadas”.
  • Tiago Petinga/Lusa
10 Fevereiro 2021, 13h57

Depois de ter sido amplamente noticiado em Portugal afirmações do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, ao “New York Times”, responsabilizando os portugueses pelo agravamento da pandemia, o governante justificou esta quarta-feira as suas declarações, alegando que as suas afirmações tinham sido “deturpadas” pelos jornais portugueses.

“A última coisa que faria era culpar os portugueses ou enjeitar responsabilidades”, disse o governante durante uma audição parlamentar na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. após ter sido criticado pela bancada do PSD. O deputado Afonso Oliveira tinha salientado se não aquele não teria sido o momento de “pedir desculpa aos portugueses”, em vez de os responsabilizar.

O jornal norte-americano “New York Times” publicou, a 2 de fevereiro, um artigo sobre o impacto da pandemia no serviço nacional de saúde português, em que Siza Vieira afirma que os “portugueses não respeitaram restrições”. Ora, o governante esclareceu hoje que teve “uma conversa longa com o jornalista do New York Times” e que afirmou “várias coisas” que o Governo não tinha certezas absolutas”.

Siza explicou que tinha referido o aumento da mobilidade, a redução de testes e a penetração da variante inglesa para justificar “uma situação que nesse sentido tinha escapado ao controlo”.

“O jornalista perguntou-me, então, se fazia sentido ter apertado as restrições durante o fim de semana de Natal. E eu disse que se soubéssemos o que sabemos hoje, provavelmente, teríamos feito isso. Mas, na verdade, o que se verificou é que nem sequer as restrições no remanescente do período, designadamente no período do Ano Novo, onde houve muita mobilidade, tinham sido respeitadas”, concluiu.

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