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A vida do empresário mais rico de África

Pode não ser tão conhecido como Bill Gates mas Alhaji Aliko Dangote tem a maior fortuna de África segundo a Forbes.
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11 Novembro 2017, 16h00

O homem mais rico da África é uma autêntica celebridade no continente onde nasceu. Presença frequente em programas de televisão e nas páginas de jornais e revistas, Dangote é uma estrela das palestras em escolas e universidades, onde tem oportunidade de falar sobre o futuro para o seu público preferido: os jovens.

Dangote é conhecido como o Bill Gates africano. Com uma fortuna estimada em 13,8 mil milhões de dólares disse, em 2007, estar “mais rico do que Oprah Winfrey”, a célebre animadora do ‘talk-show’ norte americano. ” Não diria eu próprio que sou o homem mais rico de África. Deixaria isso à revista Forbes para o fazer”, declarou o magnata numa entrevista ao diário nigeriano Daily Sun.

Originário do norte da Nigéria, Dangote está presente em quase todos os sectores da economia nigeriana, nomeadamente o petróleo, o cimento, a farinha, o açúcar, o arroz, os transportes e os seguros. Apesar de ser o número um do continente africano e o 105º na lista do mais ricos do mundo (‘ranking’) da revista Forbes, o Grupo Dangote faturou apenas 615 milhões de dólares no final de 2016, muito longe do recorde de três mil milhões de dólares em 2010.

Este conglomerado foi fundado graças a um empréstimo recebido de um tio no final da década de setenta. O seu bisavô materno, um comerciante, também era considerado um dos homens mais ricos da África quando morreu, em 1955.

Apesar de ter nascido numa família abastada deu início à sua trajetória empresarial de forma modesta. Aos 24 anos, abriu uma pequena empresa de ‘trading’ de açúcar e produtos alimentares. Hoje em dia, várias empresas que fundou estão listadas na Bolsa de Valores da Nigéria e em setores sensíveis à ascensão dos consumidores africanos.

A Dangote Cement representa cerca um terço do total de ativos negociados na bolsa nigeriana. O grupo está a terminar novas fábricas na Zâmbia, na Tanzânia, no Congo e na Etiópia, além de terminais para escoamento da produção na Serra Leoa, na Costa do Marfim e na Libéria.

“Todos os meus investimentos estão na África. Sou africano e acredito — muito — no meu continente. Tenho certeza de que este é o melhor lugar do mundo para ganhar dinheiro”, disse. No entanto, em entrevista à Bloomberg, já assumiu a vontade de apostar na Europa e nos Estados Unidos nos próximos anos.

 

 

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