“A Web Summit está de volta” foi o mantra deste ano do seu fundador, Paddy Cosgrave. Depois da tentativa de realizar uma Web Summit online em 2020 e um evento físico muito reduzido em 2021, o evento deste ano voltou, com impressionante impacto e em escala gigante, ao formato pré-pandemia.

Aquela que foi uma das maiores conferências tecnológicas do mundo, reuniu em Lisboa um número recorde de 71.000 participantes, oriundos de 160 países, para assistir palestras, masterclasses e networking. Líderes mundiais, empreendedores, executivos, criadores de tecnologia, estrelas do desporto, músicos e atores partilharam o palco com startups e unicórnios para falar sobre temas relevantes no campo dos negócios e da tecnologia.

O Reino Unido esteve presente com o que de melhor se faz no país nos sectores digitais e de tecnologia, e trouxe também muitos exemplos inspiradores de inovação e empreendedorismo, reforçando os laços entre o Reino Unido e Portugal na área digital e tecnológica, da criatividade e inovação. Este foi um evento importante para o o Reino Unido, que trouxe uma das maiores delegações à Web Summit, com 183 oradores, 29 expositores, 325 startups e 47 partners.

Para aqueles que viajaram de ou para Lisboa, foi quase impossível não notar a enorme presença da marca Reino Unido no aeroporto e no próprio local da cimeira. O nosso Comissário para o Comércio visitou Lisboa e foi com grande prazer que o recebi, a ele e a centenas de empreendedores, investidores e mentores no stand do Reino Unido.

Poucos poderão afirmar que o Reino Unido não é uma das nações tecnológicas de vanguarda. Produzimos mais unicórnios que a Alemanha, França e Espanha juntas, 123 até junho de 2022, ficando apenas atrás da China e dos EUA a nível global. E tanto o governo como a indústria têm grande ambição em crescer.

O nosso ecossistema tecnológico, avaliado em $1tn em 2022, é 17 vezes superior ao valor que tinha há uma década. No ano passado, o Reino Unido conseguiu captar um terço de todo o investimento feito em tecnologia na Europa, mais do dobro do investimento conseguido pelo nosso concorrente mais próximo, a Alemanha. O emprego na economia tecnológica digital representa agora cerca de 14% da mão de obra no Reino Unido, com 4,7 milhões de empregos em 2022.

Isto acontece porque o Reino Unido é um excelente país para investir e para fazer crescer as empresas tecnológicas. Temos um grande repositório de inovação e talento, um ambiente empresarial excecional e acesso a capital, e oferecemos uma vasta gama de serviços governamentais e de apoio aos investidores estrangeiros. Somos o lar de inovadores com pensamento visionário e capitalistas aventureiros, e das infraestruturas de pesquisa e desenvolvimento mais desenvolvidas da Europa.

Apesar do sudeste de Inglaterra ser muitas vezes considerado o coração da indústria tecnológica do Reino Unido, está longe de se restringir a Londres. Existem importantes centros de conhecimento, atividade e financiamento por todo o país.

Cambridge é a nossa principal cidade tecnológica a nível regional. Manchester ficou em segundo lugar por muito pouco e Edimburgo, Cardiff e Belfast, as capitais da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, estão também a atrair importante investimento, mostrando assim que o sector tecnológico está presente e em crescimento em todas as regiões do Reino Unido.

A Web Summit proporciona uma excelente plataforma para a promoção deste sector em crescimento rápido na nossa economia, e Portugal merece o nosso agradecimento e felicitações por acolher este notável evento.