O avião A380 da Hi Fly que aterrou há uns minutos no aeroporto de Beja vai fazer uma escala técnica para proceder a alguns ajustamentos de procedimentos, certificações e outras questões de ordem técnica no aparelho.
Segundo apurou o Jornal Económico apurou junto de fonte oficial da companhia aérea, “o A380 vai ficar uns dias em Beja”.
A mesma fonte acrescentou que “já existe um cliente” para fretar o A380, mas “ainda não podemos revelar a sua identidade”.
No entanto, a referida fonte da Hi Fly garantiu que não está prevista qualquer operação comercial com o A380 para o aeroporto de Beja.
Refira-se que o aeroporto de Beja, onde o último governo de José Sócrates investiu cerca de 30 milhões de euros para o adaptar à utilização por aeronaves civis, tem gerado muito pouco tráfego e críticas por parte dos autarcas e empresários da região.
No ano passado, o aeroporto de Beja registou um total de 1.166 passageiros e de 42 movimentos de aeronaves, além de não ter registado qualquer carga aérea movimentada.
O aeroporto de Beja integra a concessão da ANA, gerida pelo grupo francês Vinci.
A Hi Fly afirma-se como uma “companhia aérea europeia dedicada ao ‘wet lease’ de aviões de grande porte”, cujo presidente e CEO é Paulo Mirpuri.
Antes da Hi Fly, a família Mirpuri foi detentora da companhia aérea Air Luxor.
A Hi Fly reclama ser a 4ª companhia aérea da Europa a operar o A380, 14ª a nível mundial e a primeira dentro do seu modelo de negócio – o ‘wet lease’ (aluguer do avião, mais tripulação e serviços de assistência a manutenção).
Este A380 vai ter uma capacidade para 471 passageiros distribuídos por três classes: 12 lugares de primeira classe, 311 de classe económica no primeiro piso, mais 60 lugares de classe executiva e 88 de classe económica no piso superior.
Como o Jornal Económico noticiou a 17 de fevereiro de 2017, o A380, que hoje em dia não pode aterrar no aeroporto Humberto Delgado não por questões da pista, mas devido à configuração inadequada dos intervalos entre as mangas telescópicas para a envergadura do aparelho, pode vir a escalar o aeroporto da capital a partir de 2021, quando a ANA/Vinci concluírem as obras de adaptação no aeroporto que permitam essa realidade.
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