O presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet, garante que Portugal é um mercado estratégico onde a instituição financeira quer continuar a crescer. No entanto, diz, não estão em cima da mesa novas operações de compra no país.
“Portugal é para nós um mercado estratégico e temos claramente apetite por continuar a crescer”, uma vez que “é uma forma de diversificarmos a nossa presença ibérica”, disse aos jornalistas numa conferência de imprensa que se realizou esta sexta-feira, para apresentar os resultados referentes ao ano de 2022. O banco obteve lucros de 217 milhões de euros.
Mas, salientou Juan Carlos Escotet, “não estamos a avaliar uma nova integração” no mercado português, quando questionado se a compra do Novobanco pode estar em cima da mesa para a instituição financeira. “Não podemos afirmar que tenhamos nenhuma operação em carteira”, reforçou.
No entanto, como o Jornal Económico avançou, foi finalmente concretizada a regularização societária das sociedades através das quais Isabel dos Santos detém as participações no EuroBic. Faltava este passo com a nomeação de novos administradores para se poder assinar o acordo de venda com os espanhóis do Abanca.
O banco disse, esta sexta-feira, que reduziu a percentagem de lucro destinada ao pagamento de dividendos (pay out) de 40% para 25% em 2023 com o objetivo de reforçar a sua capacidade de crescimento não orgânico.
Quanto ao desempenho da atividade em Portugal, o presidente do Abanca destacou o crescimento do negócio hipotecário. “Pensamos que 2023 será também um grande ano em Portugal porque a projeção macroeconómica é melhor do que em Espanha”, disse o presidente do Abanca.
O Abanca em Portugal registou um aumento de 97,1% no crédito à habitação e de 12,9% nos empréstimos a empresas, de acordo com os resultados divulgados pelo grupo.
Notícia atualizada às 11:02