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Abandono do furo petrolífero em Aljezur é “boa notícia” para o Algarve

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, considerou hoje “uma boa notícia” para o Algarve o anúncio do abandono do projeto de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur.
29 Outubro 2018, 13h38

“É uma boa notícia para o Algarve. É bom para a sustentabilidade da região e para a competitividade do setor turístico”, referiu Jorge Botelho em declarações à Lusa, sublinhando que o anúncio da Galp e Eni “cumpre o que era uma pretensão das autarquias”.

A Galp e a Eni anunciaram hoje que decidiram abandonar o projeto de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, numa área denominada por Bacia do Alentejo, já que “as condições existentes tornaram objetivamente impossível” prosseguir as atividades de exploração.

De acordo com Jorge Botelho, o facto de o processo ter sido objeto de “algum escrutínio público e jurídico”, através de ações de caráter cívico e de providências cautelares pode ter contribuído para a decisão do consórcio, hoje conhecida.

“A posição dos autarcas, empresários, associações e as ações em tribunal não terão sido alheias a este processo”, considerou o também presidente da Câmara de Tavira (PS).

Em agosto, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé tinha deferido a providência cautelar interposta pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) para travar o furo de prospeção de petróleo, que estava previsto ter-se iniciado em setembro passado, em Aljezur.

O consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI previa iniciar a pesquisa de petróleo na bacia do Alentejo entre setembro e outubro, após uma preparação com uma duração estimada de três meses, segundo um relatório enviado à Agência Portuguesa do Ambiente.

Em nota divulgada hoje, a Galp e a Eni lamentam “a impossibilidade de avaliar o potencial de recursos” no mar português, mas admitem que as condições existentes “tornaram objetivamente impossível prosseguir as atividades de exploração”.

As duas empresas escusam-se a fazer “comentários adicionais” dada “a existência de diversos processos judiciais em curso”.

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