Portugal e Espanha vão poder fixar tetos máximos ao preço do gás usado na geração de eletricidade. O acordo foi alcançado esta sexta-feira durante o Conselho Europeu, em Bruxelas e contou com o voto dos 27 Estados-membros. A proposta agora aprovada irá, de acordo com António Costa, permitir “uma redução do custo da energia e garantir uma grande poupança para as famílias”.
Com este acordo, Portugal e Espanha vão poder fixar os tetos máximos do gás natural tornando-se numa exceção no quadro do bloco europeu.
Numa conferência de imprensa, em Bruxelas, no fim do Conselho Europeu, o primeiro-ministro português garantiu que “foi reconhecida a situação especifica da Península Ibérica que em matéria de energia não é uma península, mas sim uma ilha”, disse, anunciado que a Comissão Europeu comprometeu-se em dar resposta às propostas que Portugal e Espanha vão formalizar já na próxima semana e que têm “o objetivo de assegurar que o preço do gás não se repercute no aumento do preço da eletricidade”.
“Este acordo vai-nos dar ferramentas para podermos responder a esta crise energética”, referiu Pedro Sánchez, presidente de Espanha, durante a conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, onde acrescentou que “este é um acordo benéfico para a Península Ibérica”.
A proposta foi apresentada esta sexta-feira no último dia de reunião do Conselho Europeu e terá sido aprovada após “alguma tensão” que levou a Pedro Sánchez a forçar um intervalo durante as negociações que não vislumbravam a chegada de um acordo. Segundo o jornal espanhol “El Confidencial”, proposta terá sido contestada por países como a Alemanha e os Países Baixos.
Segundo Ursula von der Leyen, a decisão permitirá à Península Ibérica receber “tratamento especial”.
“Concordámos com um tratamento especial que é possível à Península Ibérica”, anunciou Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, confirmando o acolhimento favorável à proposta portuguesa e espanhola, que argumentava com a situação excecional de fracas interligações energéticas com o resto do continente europeu.
A Península Ibérica tem uma situação muito específica”, reiterou, sublinhando que “o ‘mix’ energético inclui uma grande carga de renováveis, o que é muito bom”, tendo como ponto negativo as “muito poucas interligações” ao resto da Europa.
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