Os advogados do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, estão a processar a Agência Central de Inteligência dos EUA e o ex-diretor Mike Pompeo. Segundo o “The Guardian” os advogados de defesa alegam que a agência gravou conversas e copiou dados dos telefones e computadores de Assange.
A ação legal diz que a CIA trabalhou com uma empresa de segurança contratada pela embaixada equatoriana em Londres, onde Assange morava na época, para espiar o fundador do WikiLeaks, os advogados, jornalistas e outros que conheceu.
Essa empresa, a a Undercover Global, que tinha um contrato de segurança com a embaixada, alegadamente varreu informações nos dispositivos eletrónicos, incluindo comunicações com Assange, tendo posteriormente fornecido os dados à CIA.
Além disso, o processo aponta que a empresa colocou microfones ao redor da embaixada e enviou gravações, bem como imagens de camaras de segurança, para a CIA. Isso, afirmam os advogados, violou as proteções de privacidade para os cidadãos dos EUA.
O processo revela também que “o réu Pompeo estava ciente e aprovou a cópia das informações contidas nos dispositivos eletrónicos móveis dos queixosos e a monitorização de áudio clandestino de suas reuniões com Assange”.
Robert Boyle, um dos advogados que representa o queixoso no processo, disse que a suposta espionagem significa que o direito do fundador do WikiLeaks a um julgamento justo “agora foi manchado, se não destruído”. “Deveriam haver sanções ou a retirada de um pedido de extradição”, referiu Boyle.
Assange aguarda uma decisão sobre o recurso à ordem de extradição britânica para os EUA. As acusações que enfrenta, por ter divulgado dados militares, podem valer-lhe uma sentença de até 175 anos de prisão.
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