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Adware e stalkerware são duas das ameaças mobile que mais cresceram em 2019

No ano passado, 21% de todas as ameaças mobile detectadas pela Kaspersky estiveram relacionadas com adware.
27 Fevereiro 2020, 20h15

O relatório “Mobile Malware Evolution” realizado pela Kaspersky revela que duas das ameaças mobile com evolução mais expressiva em 2019 estão estreitamente relacionadas com a violação da privacidade digital – em concreto, o adware e o stalkerware.

O adware é um tipo de software que recolhe uma elevada quantidade de informação privada para mostrar banners de anúncios direccionados. Além das janelas de publicidade serem intrusivas por si só, existe outra dimensão neste tipo de ataque, pois os dados confidenciais das vítimas podem acabar em servidores terceiros sem o seu conhecimento ou consentimento.

No ano passado, 21% de todas as ameaças mobile detectadas pela Kaspersky estiveram relacionadas com adware. Em Portugal, registaram-se 4646 utilizadores únicos afectados por adware, mais 3% do que em 2018.

Já o stalkerware consiste em aplicações de spyware que são geralmente instaladas em dispositivos móveis sem que os seus proprietários se apercebam ou sequer autorizem. Actuam em segundo plano com o objectivo de seguir o rasto da actividade do smartphone da vítima.

Estes “programas espiões” conseguem aceder a informação confidencial, como a localização do aparelho móvel, o histórico de pesquisas, mensagens de texto, chats nas redes sociais, fotografias, entre outros.

O stalkerware não só partilha todos estes dados com o “stalker”, como também existe o risco de outro hacker recolher essa informação num servidor de stalkerware e usá-la para outros fins, além da espionagem.

Os mais recentes dados da Kaspersky, calculados através dos critérios de detecção de stalkerware da “Coalition Against Stalkerware”, reflectem que os ataques a dados pessoais de utilizadores de dispositivos móveis aumentaram de 40386 em 2018 para 67500 em 2019.

O número de ataques duplicou durante a segunda metade do ano em comparação com o primeiro semestre. Por exemplo, em Janeiro de 2019 registaram-se 4483 utilizadores atacados; em Setembro desse mesmo ano, o número aumentou para 9546 e em Dezembro chegou aos 11.052. Em Portugal, houve um aumento de 96 para 189 vítimas de stalkerware, entre 2018 e 2019.

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