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AEP acompanha sete empresas portuguesas a Cuba

A Associação Empresarial de Portugal, com o apoio da Câmara de Comércio Portugal Cuba, iniciou esta segunda-feira uma missão a Havana que se prolongará até quinta-feira. Empresas de tecnologia, loiça ou metalomecânica estão no grupo.
6 Junho 2022, 13h58

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) deu esta segunda-feira início a uma viagem três dias a Cuba, onde estará a acompanhar um grupo de sete empresas portuguesas. A missão empresarial da AEP à cidade de Havana prolonga-se até quinta-feira, dia 9 de junho, e é organizada em parceria com a Câmara de Comércio Portugal Cuba.

As empresas que estão a ser acompanhadas pela AEP são a Ecosteel (construção e metalomecânica), a ST+I (tecnologias de informação), a Grande Porto (agroalimentar), a V3 (importação e exportação), a Castro e Seixas (importação e exportação), Urbimagem (sistemas de arquitetura e construção) e a RBDrinks (louça e copos plástico reutilizáveis).

O objetivo desta expedição é “potenciar oportunidades de negócio num mercado muito dependente das importações”, segundo a instituição. “A retoma e o regresso a um clima de estabilidade social, depois de um período de extrema dificuldade resultado da pandemia, abre caminhos para se fazerem contactos num país que tem uma exposição quase total às importações”, garante o presidente da AEP, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

Luís Miguel Ribeiro diz ainda que, para as empresas que os acompanham, “também é importante retomar os contactos feitos em anteriores incursões a este mercado (missões e participações na FIHAV), que apresenta oportunidades nas áreas das renováveis, nos resíduos urbanos e na agroindústria”.

A primeira missão da AEP ao mercado cubano aconteceu em 1996 e, desde aí que a associação tem ido a Cuba e/ou coordenado a participação nacional na Feira Internacional de Havana (FIHAV), que este ano se realiza entre os dias 14 e 18 de novembro, no centro de exposições ExpoCuba.

A AEP lembra que Cuba tem 11 milhões de habitantes, uma posição estratégica no mapa e dispõe de recursos naturais como a cana-de-açúcar, o café, o tabaco e “importantes” jazidas de níquel e de cobalto. No entanto, entre 2016 e 2020, houve diminuição média anual das exportações do país e um crescimento nas importações, o que levou a balança comercial de bens a ser “desfavorável a Portugal”, com um défice de 17 milhões de euros.

Em relação às exportações, destacam-se as máquinas e aparelhos (36,4%), os minerais e minérios (21,5%), os metais comuns (11,1%), os plásticos e borracha (9,2%) e os produtos químicos (6,9%). Nas importações, sobressaem os produtos alimentares (80,4%), a madeira e cortiça (13,6%) e os agrícolas (3,2%).

A deslocação a Cuba insere-se no âmbito do BOW, promovido pelo departamento internacional da associação empresarial, que só em 2021 envolveu 130 empresas em 17 feiras e missões (virtuais ou físicas) em 22 países. O projeto é financiado pelo Portugal 2020 e pelo Compete 2020, Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, Eixo II – Projetos Conjuntos – Internacionalização.

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