Os aeroportos russos de Moscovo – Domodedovo e Sheremetyevo – figuraram entre os mais procurados no contimente europeu no passado mês de junho.
De acordo com os dados da ACI – Airports Council International Europe, no passado mês de junho, o aeroporto moscovita de Domodedovo foi o mais ocupado em todo o continente europeu, liderando o ‘ranking’ com um total de 716.800 passageiros.
Mesmo assim, estes valores representaram uma quebra de 73,3% face ao mês homólogo de 2019.
A seguir a este aeroporto russo, posicionou-se o aeroporto de Paris- CDG (Charles de Gaulle), com um total de 625.900 passageiros, que traduziu um recuo de 90,9% em comparação com o mês de junho do ano passado.
Em terceiro lugar desta lista figurou outro aeroporto de Moscovo, Sheremetyevo, com um total de 622.800 passageiros, após uma queda de 86,5%.
No ‘top 5’ dos aeroportos europeus, que registou uma verdadeira revolução devido à pandemia de Covid-19, surgiram os aeroportos de Frankfurt – 599.200 passageiros, com um recuo de 90,9% – e de Istambul – 591.000 passageiros, uma descida de 90,1%.
O aeroporto de Londres-Heathrow enfrentou uma quebra de 95,2%. Normalmente, na liderança deste ‘ranking’, este aeroporto londrino caiu no passado mês de junho para a 11ª posição da tabela, tendo movimentado apenas 350.700 passageiros, em comparação com os 7,24 milhões verificados em junho de 2019.
Também o aeroporto de Amesterdão-Schiphol, o terceiro mais frequentado da Europa no mês de junho do ano passado, baixou para a sétima posição no período homólogo deste ano, com um total de 471.800 passageiros, após um recuo de 92.7%.
As drásticas alterações neste ‘ranking’ não se limitaram ao ‘top 5’ e foram transversais a todo o setor da Europa.
Por exemplo, os aeroportos de Atenas (-87,9%) e de Esmirna, na Turquia (-77,7%) receberam no mês de junho mais passageiros, cada um, que o aeroporto de Munique (-95,1%).
Também na Rússia, o aeroporto de Sochi, com uma queda de 70,8%, teve mais passageiros que os aeroportos de Madrid (-96,5%) ou de Zurique (-93,1%).
O aeroporto de Bergen, na Noruega, com um recuo de 74,9%) recebeu mais passageiros que os aeroportos de Lisboa ou de Copenhaga.
Adana, na Turquia (-73,8%), e Tenerife (-80,6%) contabilizaram mais passageiros que o aeroporto de Dublin.
E Trondheim, na Noruega (-77.3%) e Catania, na Sicília, Itália (-91.1%), receberam mais passageiros que os aeroportos de Bruxelas (-96.4%) ou de Helsínquia (-96%).
Além destas alterações radicais no ‘ranking’ dos aeroportos mais frequentados da Europa, os dados recolhidos pelo ACI Europe evidenciam um impacto brutal da Covid-19 na indúsria aeroportuária do Velho Continente.
O decréscimo geral de passageiros fixou-se em 64,2% no conjunto do primeiro semestre, uma tendência negativa agravada no segundo trimestre deste ano, em que a descida foi de 96,4% face ao período homólogo de 2019.
Na primeira metade deste ano, verificou-se também que a queda de passageiros foi ligeiramente menos pronunciada no mercado fora da União Europeia (-59,8%) do que no espaço comunitário (-65,6%).