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Afinal, o muro “grande e lindo” de Trump não é para já

Republicanos não vêem com bons olhos o projeto da administração Trump para obter financiamento para a construção do muro. A medida implicaria cortes adicionais em programas de investigação médica e trabalho.
  • Jim Lo Scalzo/REUTERS
29 Março 2017, 15h32

O projeto-lei do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para obter financiamento extra para a construção de um muro “grande e lindo” na fronteira do país com o México vai ser rejeitado pelos líderes republicanos do Congresso. Os senadores temem que a introdução de um suplemento monetário para a empreitada possa servir de obstáculo à implementação de todo o processo.

Segundo avança o canal de televisão norte-americano ‘Fox News’, a administração Trump terá solicitado cortes em programas de investigação médica e trabalho na ordem dos 18 mil milhões de dólares (cerca de 16.669 milhões de euros) que viriam a ser depois adicionados ao orçamento do Estado para a Defesa. No total, Donald Trump precisa de mais 33 mil milhões de dólares (30.560 milhões de euros) para poder pôr em marcha a construção do muro.

Recorde-se que Donald Trump aprovou o decreto que dará início à construção do muro na fronteira entre os dois países ao terceiro dia depois de ter tomado as rédeas da Casa Branca. O magnata nova-iorquino queria que o muro fosse pago na totalidade pelos mexicanos, mas dada a falta de cooperação do outro lado da fronteira, Donald Trump admitiu que numa primeira fase, para acelerar o processo de construção, os EUA financiam o muro.

O senador republicano do estado de Missouri, Roy Blunt, garante que as duas câmaras do Senado estão muito perto de alcançar um acordo sobre a lei de financiamento e a questão do dinheiro a ser negociado pode ser abordada “mais para a frente”.

Segundo a senadora democrata do mesmo estado, Claire McCaskill, o custo final da construção vai rondar os 67 mil milhões de dólares (62.070 milhões de euros). O número estimado ficam bem acima dos 21.600 (20.004 milhões de euros) apontados pelo Governo ou dos 8.000 (7.411 milhões de euros) que Donald Trump avançou inicialmente.

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