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Afinal, o que provocou o acidente fatal com um autónomo da Uber?

A Velodyne, fabricante do sistema Lidar (radar que utiliza tecnologia laser para “ver” ao redor) utilizado em quase todos os automóveis autónomos da Uber, não tem dúvidas em afirmar que a culpa não é dos sensores do carro.
26 Março 2018, 17h54

Após o acidente fatal que envolveu um carro autónomo da Uber, ainda está sem resposta a questão fulcral e que carece de explicação: o que provocou o acidente?

Diversos especialistas já declararam que os sensores a laser e o radar do veículo deveriam ter identificado a vítima. “O sistema deveria ter sido capaz de detetá-la”, afirmou Abuelsmaid, analista da Navigant Research, que estuda os carros autónomos.

Em todo caso, a Velodyne, fabricante do sistema Lidar (radar que utiliza tecnologia laser para “ver” ao redor) utilizado em quase todos os automóveis autónomos da Uber, não tem dúvidas em afirmar que a culpa não é dos sensores do carro.

A presidente da Velodyne, Marta Thoma Hall, defendeu este radar em declarações à Bloomberg e afirmou que se os vários sensores do Lidar estivessem instalados e a funcionar, o cenário não teria sido um problema. “Fica para o resto do sistema interpretar e usar os dados para tomar decisões. Nós não sabemos como o sistema de tomada de decisões da Uber funciona”, afirma.

Apesar do clima de tensão, é importante lembrarmos que o caso ainda está sob investigação. Até lá, a Uber decidiu retirar os seus veículos autónomos fora de circulação.

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