A diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, afirmou esta quinta-feira que o continente está a transitar da fase pandémica para uma situação em que irá gerir o vírus a longo prazo, deixando clara a importância de se manter a vigilância.
“A pandemia está a passar para uma fase diferente”, comentou a responsável, citada pelo “The Guardian”, sublinhando que, com a vacinação a aumentar, “poderá tornar-se uma espécie de vida endémica com o vírus”.
De acordo com Moeti, o número de infeções em África poderá ter sido sete vezes superior ao que os dados oficiais sugerem e as mortes devido à Covid-19 duas a três vezes superiores.
“Estamos muito conscientes de que os nossos problemas de sistemas de vigilância que tivemos no continente, como o acesso a testes, por exemplo, levaram a uma subestimação dos casos”, comentou a médica num briefing que decorreu esta quinta-feira.
Dados da Universidade Johns Hopkins indicam que as infeções registadas em todo o continente ascendiam a mais de 11 milhões ao dia de hoje e as mortes a 250.000.
Contudo, se as estimativas da OMS estiverem corretas, os números reais poderão aproximar-se dos 70 milhões e 750.000, respetivamente.
“Embora a Covid-19 esteja connosco a longo prazo, há luz ao fundo do túnel. Este ano podemos acabar com as perturbações e o rasto de destruição que o vírus deixou no seu caminho, e recuperar o controlo das nossas vidas”, acrescentou Moeti.
“O controlo desta pandemia deve ser uma prioridade. Percebemos que nenhum país teve a mesma experiência da pandemia do que o outro. Isto significa que cada país deve traçar o seu próprio caminho para sair desta emergência”, disse a mesma responsável.
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