A secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou esta quarta-feira que as empresas ainda se debatem com constrangimentos do passado e com problema oriundos da pandemia, que ainda não estão resolvidos apesar de os apoios estatais terem sido “muito importantes”.
“As empresas neste momento estão abandonadas, a sufocar cada vez mais. Não as podemos deixar sozinhas”, referiu Ana Jacinto, na conferência “Orçamento do Estado 2022”, organizada esta manhã pelo Jornal Económico (JE) e pela consultora EY.
Em resposta a Jamila Madeira, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Ana Jacinto disse que os auxílios do Governo “foram importantes”, como o lay-off simplificado, mas ainda há organizações que continuam sem receber o dinheiro. “Ainda hoje tenho empresas associadas da AHRESP que não receberam o incentivo extraordinário à normalização da atividade e não conseguem falar com ninguém sobre os processos nem em relação ao Apoiar Rendas, anunciado em dezembro de 2020”, exemplificou.
O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) trouxe à discussão o Banco Português de Fomento (BPF), que nasceu em novembro de 2020 da fusão da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e da PME Investimento na SPGM. “Ainda hoje estamos à espera de que o Banco de Fomento cumpra o seu papel”, sublinhou no painel “Este é o OE de que o país precisa?”, o último deste evento que se realizou no Pestana Palace, em Lisboa.
“O maior apoio social que se pode dar às pessoas é um emprego digno com um salário justo. Só se pode apoiar as famílias se se apoiar as empresas”, concluiu, na sessão moderada por Nuno Vinha, subdiretor do JE.
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