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AHRESP diz que discotecas fechadas “promovem ajuntamentos de risco”

A associação defende a abertura da animação noturna para travar os ajuntamentos, que têm sido registados em zonas como o Bairro Alto. Nesta localidade têm decorrido também agressões.
21 Setembro 2021, 09h38

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considera que enquanto os estabelecimentos de animação noturna estiverem encerrados os ajuntamentos de risco serão uma constante.

Em comunicado a associação sublinha que “a manutenção do encerramento legal dos estabelecimentos de animação noturna, como bares e discotecas, além de fazer com que estas empresas se tornem insolventes, com o risco de não reabrirem os seus negócios, tem ainda o efeito pernicioso de promover ajuntamentos noutros locais, que ocorrem sem qualquer controlo ou mesmo cuidado com medidas de prevenção da COVID-19”.

“Neste sentido e considerando o sucesso da vacinação, a AHRESP defende que se justificaria a entrada imediata na 3.ª fase de desconfinamento. Em simultâneo, é preciso não esquecer a necessidade destes estabelecimentos acederem a um apoio financeiro específico para a reabertura, o que ajudaria no combate à pandemia e funcionaria como um sinal de apoio e confiança nestes agentes económicos que levam já mais de ano e meio de faturação zero”, completa.

Ajuntamentos e onda de violência no Bairro Alto

A violência no Bairro Alto não é novidade e é um problema que se arrasta por vários anos. Recorde-se a história de Alcino Monteiro, assassinado no Bairro Alto há 25 anos. Depois de Alcino Monteiro outras mortes, assaltos aconteceram. A 1 de março de 2021 o ministério da Administração Interna autorizou a instalação de 216 câmaras de videovigilância em Lisboa. As zonas de eleição, segundo a agência “Lusa”,  foram:  Praça do Comércio, Cais das Colunas, Praça D. Pedro IV, Praça dos Restauradores, Praça da Figueira, Rua Augusta, Rua Áurea, Rua da Prata, Rua dos Fanqueiros, Rua do Comércio e restantes transversais, Avenida Ribeira das Naus, Cais do Sodré, Santa Apolónia, Campo das Cebolas e Miradouro de Santa Catarina (perto do Bairro Alto).

Em maio de 2014 já tinham sido instaladas câmaras de vigilância. Na altura, 0 comissário Rui Costa adiantou, ao “Público” que as “imagens poderão servir para atenuar esta situação”, não podendo, contudo, ser usadas como prova.

A instalação de videovigilância, quer a de 2014 ou a de 2020 parece ter tido pouco efeito, sendo que recentemente foram registadas agressões no Bairro Alto.

 

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