AICEP espera que surja investimento da Guiné Equatorial

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse, em entrevista à Lusa, esperar que da Guiné Equatorial possam surgir boas notícias em termos de investimento. A Guiné Equatorial, que faz parte da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, é um dos mercados onde a AICEP vai abrir […]

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse, em entrevista à Lusa, esperar que da Guiné Equatorial possam surgir boas notícias em termos de investimento.

A Guiné Equatorial, que faz parte da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, é um dos mercados onde a AICEP vai abrir uma delegação este ano.

Questionado sobre o racional da aposta naquele mercado, Miguel Frasquilho explicou que “a Guiné Equatorial é um país para o qual” nos últimos cinco anos, entre 2009 e 2013, as exportações portuguesas “praticamente quintuplicaram”.

Ou seja, “exportamos mais para a Guiné Equatorial do que para o Peru e Colômbia combinados”, acrescentou.

“Entendemos que seria útil sobre vários aspetos que a AICEP estivesse presente em todos os países da CPLP e esta é uma das vertentes do plano estratégico que vai ser prosseguida. Estamos em processo de candidaturas que temos e contamos a partir de março começar a abrir as delegações a que nos propusemos”, disse Miguel Frasquilho.

Para aquele mercado, Portugal exporta máquinas e aparelhos, metais e agroalimentares.

“Também contamos que da Guiné Equatorial possam surgir boas notícias em termos de investimento”, disse.

“Há determinados países, e a Guiné Equatorial é um deles, onde vamos acompanhar a abertura de representações diplomáticas, no Azerbeijão é outro”, tal como no Panamá.

No caso deste último, “ainda que nesta altura seja um mercado acompanhado já à distância, a partir da Colômbia, vamos querer ter um elemento no terreno”, acrescentou.

“Vamos querer ter um elemento no terreno, também haverá a abertura de uma antena diplomática na Cidade do Panamá”, disse.

A AICEP vai reforçar a sua presença em 12 novos mercados: Cazaquistão, Coreia do Sul, Equador, Gana, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Finlândia, Noruega e Timor Leste – alargando a sua cobertura a 65 países.

Até final do seu mandato, que teve início em abril de 2014 e termina em 2016, Miguel Frasquilho conta que a AICEP esteja presente em todos os países da CPLP.

Questionado para quando a abertura em Timor-Leste, Miguel Frasquilho disse que “nos próximos meses”.

O presidente da AICEP explicou que a instituição está em processo de seleção.

“Conto que esse processo esteja terminado em fevereiro, portanto a partir de março começaremos a abrir”.

“Primeiro queremos concentrar-nos na identificação dos recursos adequados para cada mercado e depois tratar dos aspetos logísticos”, por isso “diria que até final do primeiro semestre conto ter um bom número dessas novas delegações da AICEP abertas”, disse.

“Há uma componente estratégica e política que é importante para nós: a abertura em todos os mercados CPLP, estamos a falar de países com os quais temos, por enquanto, uma relação comercial de reduzida dimensão, não é segredo para ninguém. É o caso de Timor, São Tomé e Príncipe e da Guiné-Bissau, mas a verdade é que também estamos a criar condições para que as empresas portuguesas que já operam nesses mercados possam ser acompanhadas”, explicou.

No caso de Timor-Leste, “penso que é um sinal muito importante e muito positivo que se dá do empenho de Portugal, quando se sabe que aconteceu um problema relativamente complicado, embora limitado a uma área, a justiça. Mostra o empenho de Portugal na construção de relações mais fortes com Timor-Leste a nível económico”, disse.

Isso “será certamente valorizado em Timor-Leste”, concluiu.

OJE/Lusa

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