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“Ainda é um bocadinho cedo” para dizer que aumento de casos se deve ao desconfinamento, diz Graça Freitas

A diretora-geral da Saúde explicou esta sexta-feira que se deve ao surto da doença na Azambuja e aos rastreios populacionais específicos que estão a ser realizados.
  • Manuel de Almeida/Lusa
8 Maio 2020, 13h54

A diretora-geral da Saúde considera que “ainda é um bocadinho cedo” para afirmar que o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 resultou do desconfinamento iniciado no domingo e na segunda-feira, com o fim do Estado de Emergência e o início do Estado de Calamidade.

“Até porque nós sabemos que houve aqui muitos casos que foram encontrados em rastreios populacionais específicos, populações específicas relativamente jovens. É uma boa notícia em termos da progressão da doença”, começou por explicar Graça Freitas aos jornalistas. “Depois temos também, como sabem, o surto que está a acontecer na Azambuja”, justificou, em conferência de imprensa. “Com desconfinamento ou não o nosso comportamento tem de ser de preocupação”, realçou a responsável da DGS, em declarações a partir do Ministério da Saúde.

Questionada sobre a vacina para a gripe, Graças Freitas assegurou que estão a decorrer os procedimentos para que Portugal as tenha. “Foi previsto até para o Serviço Nacional de Saúde [SNS] um incremento no número de doses que permita, juntando a dos SNS às que serão disponibilizadas no setor privado, cobrir a população mais vulnerável”, disse.

Portugal registou, até à meia-noite desta quinta-feira, casos 27.268 confirmados da doença Covid-19, mais 553 do que ontem (ou 2,1%), segundo o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde. O número de vítimas mortais do novo coronavírus no país aumentou para 1.114 o que corresponde a mais nove mortes nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade encontra-se nos 4,1%.

O relatório contabiliza, neste momento, 2.984 pessoas que aguardam o resultado laboratorial dos testes e 2.422 recuperadas. No entanto, 127 dos 842 doentes internados encontram-se em unidades de cuidados intensivos. A nível de sintomas, menos de metade (42%) teve tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 2o% cefaleia, 26% fraqueza generalizada e apenas 12% sentiu dificuldades em respirar.

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