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Air France derrapa 10% após ministro da Economia francês admitir que a empresa pode “desaparecer”

Os títulos da transportadora aérea negoceiam a valer 7,27 euros. Os investidores reagem também à demissão do presidente da empresa, Jean-Marc Janaillac, devido à rejeição de aumento salarial.
7 Maio 2018, 13h46

As ações da Air France negoceiam a cair 10%, para 7,27 euros, depois de o ministro da Economia francês ter admitido que a companhia aérea pode “desaparecer”. Em entrevista à BFMTV, divulgada ontem, Bruno Le Maire disse que “a sobrevivência da Air France está em jogo”, o que se refletiu na desvalorização da empresa em bolsa.

O governante francês lembrou que “se a Air France não fizer os esforços de competitividade necessários” para estar ao nível de concorrentes como a Lufthansa ou “outras grandes companhias aéreas globais, a Air France desaparecerá”.

Já na passada sexta-feira, o presidente da companhia aérea francesa, Jean-Marc Janaillac, anunciou a sua demissão devido à rejeição por parte dos trabalhadores de uma proposta de aumentos salariais, uma tentativa falhada para acabar com as greves na empresa.

Jean-Marc Janaillac apresentou aos funcionários uma proposta que previa um aumento salarial gradual (2% este ano e 5% suplementares de forma progressiva nos três anos seguintes), confiante de que a posição dos sindicatos que convocaram as greves não seria maioritária, mas o documento acabou por ser rejeitado com 55,44% dos votos contra.

Apesar da greve de hoje, a Air France prevê cumprir 85% da operação no âmbito da greve dos trabalhadores e que vai cancelar duas ligações entre Lisboa e Paris, disse fonte da companhia à Lusa. A mesma fonte disse ainda que para terça-feira “está, para já, cancelado o último voo para Lisboa e o primeiro para Paris-CDG na manhã do dia seguinte (quarta-feira), estando a ser propostas alternativas a todos os passageiros”.

A nível global, a Air France prevê operar 99% dos voos de longo curso, 80% dos de médio curso e 87% das ligações curtas e que adiram à greve 14,2% dos pilotos, 18,1% dos tripulantes de cabine e 10% do pessoal de terra.

Com Lusa

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