O negócio do arrendamento de curta duração em Lisboa e na cidade invicta sofreu uma quebra em março devido ao surto do novo coronavírus. Em março, a capital portuguesa facturou menos 28,6% face a fevereiro, o que traduz numa quebra em cadeia de 4,6 milhões de euros. No Porto, as perdas atingiram em março 2,1 milhões de euros, ou 30,7% face ao mês precedente.
Segundo a notícia avançada pelo “Publico”, esta quarta-feira, que cita os valores recolhidos pela consultora Airdna, as duas cidades, que são os destinos nacionais mais representados no Airbnb, a par do Algarve, perderam 5,5 milhões de euros em termos homólogos.
Os dados da empresa de análise de dados para o mercado mundial de arrendamento turístico em plataformas online, informam ainda que, apesar de só estarmos na primeira semana do mês, abril deverá ser outro mês negro para o alojamento local nestas duas grandes cidades. No mês passado, o Airbnb alterou a política de cancelamentos, garantindo agora devolução de 100% do montante para reservas entre 14 de março e 31 de maio. Esta medida, deverá incentivar mais clientes a cancelarem as suas reservas.
A Airdna informa que, pelo menos até dia 2 de abril, Lisboa teria garantida uma quebra de 61% das receitas em termos homólogos. No Porto, a descida seria de 48%. No mercado nacional, a perda ascenderia a 28%. Porém, este valor deverá aumentar agora que o processo de cancelamento é mais fácil e as restrições mais apertadas.
Traduzindo percentagens em dinheiro, as perdas portuguesas no início de abril face ao mesmo mês de 2019 já ascendiam a 13,6 milhões de euros. Mas como estes dados foram retirados no início do mês, é de esperar perdas maiores.
As maiores perdas concentram-se em Lisboa. Se não houvesse mais cancelamentos depois de 2 de abril, a capital portuguesa perderia 12 milhões de euros face a abril de 2019. No Porto, as perdas já eram de 3,4 milhões, em termos homólogos, no início do mês.
Todavia, nem tudo são más notícias. Com base em projeções, a faturação nacional só voltará a crescer em termos homólogos a partir de junho, em cerca de 1%. Porém, como o passado recente tem demonstrado, o turismo é anfitrião das maiores incertezas económicas desta pandemia.
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