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Alberto João Jardim justifica ausência no Congresso do PSD-Madeira e ataca presença de Passos Coelho

O antigo presidente do PSD e do Governo Regional da Madeira, justificou a sua ausência no XVI Congresso Regional dos social-democratas insulares por discordância “de várias posições institucional ou partidariamente assumidas desde o último Congresso Regional, em especial as fraturantes de uma indispensável coesão e as que me tocaram diretamente ou indirectamente”.
24 Janeiro 2017, 19h01

Alberto João Jardim sublinha que a presença de Passos Coelho no Congresso do PSD-Madeira “foi um tiro no pé, bem como traições fraturantes gravíssimas nas últimas eleições autárquicas (2013) que são de recuperação difícil”. Apesar de elogiar o discurso final de Miguel Albuquerque no encerramento do Congresso – um “bom discurso” – Jardim atira-se ao novo presidente da Mesa do Congresso e segunda figura do Governo Regional, Sérgio Marques, criticando as “inexplicáveis posições que este anti-obras públicas vai ganhando no partido (é um nojo de insinuações falsas e reles sobre o passado que ele subscreveu), desta forma estragando desastradamente o espírito de unidade que o Congresso se propunha atingir”.

Numa carta dirigida ao Presidente cessante do Congresso, Adolfo Brasão, e divulgada na página pessoal de Alberto João Jardim no Facebook, o ex-Presidente do Governo Regional afirma “a sua “inteira disponibilidade para, como militante de base, colaborar em tudo o que a direção regional do Partido entenda, desde que não choque com os princípios e práticas que caracterizam a minha legítima participação cívico-política”.

Confirmando ter sido convidado a marcar presença no Congresso Regional do PSD-Madeira realizado no passado fim-de-semana, Alberto João Jardim optou pela ausência – no primeiro dia do encontro preferiu ir aos Barreiros assistir ao Marítimo-Sporting para a I Liga de futebol – apesar de lembrar que “é cofundador do PSD-Madeira conforme documento de 13 de Agosto de 1974”.

Nesse texto Jardim desmente qualquer ligação a um blogue que diariamente ataca dirigentes do partido e membros do Governo Regional: “Porque não gosto que me tomem por tonto, tenho de repudiar as insinuações de uns canalhas cujos nomes são conhecidos, os quais, aproveitando agora o Congresso, mais uma vez me atribuíram a responsabilidade por uma publicação informática anónima, em que até amigos meus são injustamente atacados. Esses covardes sabem muito bem que toda a vida assinei o que disse, inclusive aquilo que eles não tinham a coragem de expressar publicamente, daí os inimigos que tenho a honra de colecionar”.

Admite, neste contexto, a possibilidade de serem “os que me acusam”, de serem os autores de uma campanha vergonhosa, anónimo e idiotamente estruturada para me atingir”.

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