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Alcochete e Loures defendem mais acessos à Vasco da Gama

O presidente da Câmara de Alcochete defendeu a “necessidade imperiosa” de construção de mais um acesso à Ponte Vasco da Gama no seu concelho, enquanto o presidente de Loures realçou que também Sacavém está mal servida de ligações.
28 Março 2018, 07h46

O presidente da Câmara de Alcochete defendeu a “necessidade imperiosa” de construção de mais um acesso à Ponte Vasco da Gama no seu concelho, enquanto o presidente de Loures realçou que também Sacavém está mal servida de ligações.

Fernando Pinto (PS), presidente da Câmara de Alcochete, no distrito de Setúbal, onde a ponte amarra em terra na margem sul, defendeu que faz falta no seu concelho uma nova acessibilidade à Vasco da Gama, o “que deveria ser resolvido com a maior brevidade possível”.

“Alcochete tem apenas um acesso à Ponte Vasco da Gama, que afunila junto à praça das portagens, mas há uma necessidade imperiosa que, num curto espaço de tempo, essa acessibilidade seja maior”, afirmou.

Fernando Pinto explicou, por outro lado, que “ainda continuam a existir em Alcochete pessoas que, para acederem à ponte têm de dar um passo atrás para depois darem um passo em frente” e assim conseguirem chegar à Vasco da Gama.

“Julgo que, no nosso território, temos condições soberbas para podermos criar, pelo menos, mais um acesso à Ponte Vasco da Gama, o que eu acho que, simultaneamente, também vai contribuir para a fluidez do tráfego rodoviário que se sente praticamente todos os dias”, defendeu.

A construção da Ponte Vasco da Gama, há 20 anos, “alterou radicalmente a zona Oriental de Loures e de Lisboa, criando novas e importantes acessibilidades”, o que, “juntamente com a Expo’98, permitiu uma regeneração junto ao rio muito importante”, salientou, pelo seu lado, Bernardino Soares (CDU), atual presidente da Câmara de Loures.

Apesar da ligação facilitada dos concelhos de Lisboa e de Loures ao sul, de acordo com o autarca de Loures, o projeto deixou ainda por resolver algumas acessibilidades.

“Ficaram ainda por resolver alguns problemas que novas vias sempre trazem, com o isolamento no acesso a algumas dessas vias de certas zonas do nosso concelho, em particular na cidade de Sacavém, que não ficou tão bem servida como devia de ligações quer à 2ª Circular ou ao Eixo Norte-Sul ou ao IC2”, disse.

Questionado se defenderia a mesma localização para a ponte Vasco da Gama, caso fosse na altura presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares respondeu afirmativamente, ressalvando que “poderia ter existido melhores soluções nalgumas localizações que permitissem uma melhor acessibilidade e um menor fechamento das localidades que foram mais afetadas pela ponte Vasco da Gama”.

“De toda a forma, julgo que foi um momento de avanço de ligação das duas margens do Tejo e infraestruturação de uma Área Metropolitana que estava a precisar desse tipo de equipamento”, sublinhou.

A Ponte Vasco da Gama, que liga a zona oriental de Lisboa e o concelho de Loures ao Montijo e a Alcochete, na margem Sul do rio Tejo, foi inaugurada a 29 de março de 1998, sendo ainda hoje uma das maiores pontes do mundo.

A extensão total da nova ponte é de 17,2 kms, dos quais 10 sobre as águas do Tejo e os restantes em terra.

Na obra foram utilizadas 100 mil toneladas de aço, 730 mil toneladas de betão e foram empregadas 150 vigas-tabuleiro pré-fabricadas.

A ponte tem uma esperança de vida de 120 anos, tendo sido projetada para suportar velocidades do vento de 250 km/h e resistir a um sismo 4,5 vezes mais forte ao Terramoto de Lisboa, em 1755.

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