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Alemães criam robôs com airbags para proteger trabalhadores

A empresa Cobotect começou a trabalhar em março de 2016 num protótipo de um robô que trará mais segurança aos humanos.
  • Donat Sorokin / TASS
23 Setembro 2017, 18h00

Há dois anos, um robô esmagou um homem de 22 anos numa fábrica de automóveis, na Alemanha, depois do trabalhador da manutenção ter ficado preso numa área não frequentada por humanos. Embora este tipo de tragédia ainda seja relativamente raro, os esforços para melhorar a segurança estão a intensificar-se à medida que as fábricas em todo o mundo se tornam cada vez mais automatizadas.

Agora, os empresários Roman Weitschat e Hannes Hoeppner, que trabalham no Centro Aeroespacial Alemão, dizem ter criado uma forma de proteger melhor as ligações entre os humanos e os robôs, com o objetivo de permitir que eles trabalhem de forma mais próxima. A empresa recém-criada, Cobotect GmbH, está a usar o conceito de airbags para amortecer peças automatizadas potencialmente perigosas e evitar que os trabalhadores se magoem.

“Muitas pessoas queixavam-se dos robôs”, disse Weitschat numa entrevista à Bloomberg. Os 38 incidentes entre 1987 e 2016 incluem funcionários amputados, asfixiados ou esmagados por robôs.

A equipa da empresa Cobotect começou a trabalhar em março de 2016 num protótipo agora concluído. Os vídeos e as demonstrações mostram um braço robótico com um saco de ar costurado à mão e preso a uma das “garras”. A equipa de pesquisadores está a tentar encontrar um investidor estratégico para a empresa e para ajudar a financiar a produção em larga escala dos airbags.

A Volkswagen está “em contato com a Cobotect e a observar os seus desenvolvimentos por segurança”, disse uma porta-voz da marca à agência noticiosa norte-americana. “Assim que os protótipos estiverem disponíveis examinaremos possíveis aplicações, embora nenhuma decisão tenha sido tomada”.

Os robôs que trabalham perto de humanos geralmente são removidos ou programados para se mover lentamente – cerca de 0,1 metros por segundo. Essa velocidade, segundo Weitschat e Hoeppner, é ineficiente. Estes investigadores acreditam que um robô protegido pode mover-se mais rápido – até um metro por segundo.

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