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Alemanha alerta Trump para perigo de “guerra próxima da Europa” por causa do Irão

O responsável pela diplomacia alemã defende que o Irão poderá “voltar ao desenvolvimento de armas nucleares” e que “estaremos de volta onde estávamos 10 ou 12 anos atrás”. “Os nossos filhos e netos crescerão num mundo muito perigoso”, avisa.
14 Outubro 2017, 12h41

A Alemanha também está preocupada com o possível final do acordo nuclear com o Irão. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Sigmar Gabriel, disse este sábado que, se os Estados Unidos da América lhe puserem fim e voltarem a aplicar sanções a Teerão, poderá haver maior risco de guerra.

Numa entrevista à rádio local Deutschlandfunk, este sábado, o vice-chanceler alemão explicou que a “grande preocupação é que aquilo que se está a passar ou vai passar-se com o Irão, numa perspetiva norte-americana, deixe de ser apenas uma questão do Irão e que muitos outros por este mundo passem a considerar se devem comprar armamento nuclear, dado que estes acordos estão a ser rasgados”, em declarações divulgadas pela Reuters.

O responsável pela diplomacia alemã defende que, nesse caso, o Irão poderá “voltar ao desenvolvimento de armas nucleares” e “estaremos de volta onde estávamos 10 ou 12 anos atrás com o perigo de uma guerra relativamente próxima da Europa”, acrescentando que “os nossos filhos e netos crescerão num mundo muito perigoso”.

Ainda ontem a Rússia condenou a decisão de Donald Trump de suspender o acordo nuclear entre os Estados Unidos e o Irão. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo defendeu que não há espaço na diplomacia internacional para retórica agressiva e que tais métodos estão condenados a falhar.

O presidente dos Estados Unidos da América tinha até tinha até esta sexta-feira, 13 de outubro, para anunciar no Congresso a sua posição sobre o acordo com o Irão, assinado em 2015. Apesar de o Irão se ter comprometido a congelar o avanço nuclear, Donald Trump considera que o país do Médio Oriente não cumpriu os objectivos. Assim, o Congresso fica com dois meses para suspender ou não o acordo.

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