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Alemanha considera adquirir sistema de defesa antimísseis

O Governo alemão está a ponderar adquirir um sistema israelita de defesa antimísseis, na sequência da invasão russa da Ucrânia, revelou hoje a presidente do Comité de Defesa do parlamento, Marie-Agnes Strack-Zimmermann.
  • Filipe Singer/EPA via Lusa
27 Março 2022, 13h48

O Governo alemão está a ponderar adquirir um sistema israelita de defesa antimísseis, na sequência da invasão russa da Ucrânia, revelou hoje a presidente do Comité de Defesa do parlamento.
“Dada a ameaça e os vários sistemas de armas de que dispõe a Rússia, é claro que devemos estar interessados, é lógico”, declarou Marie-Agnes Strack-Zimmermann em entrevista ao jornal ‘Welt’.

Segundo Marie-Agnes Strack-Zimmermann, “existem diferentes opções, especialmente porque este escudo foi construído para um míssil muito específico, disparado em altitude muito alta, que chega do espaço e que um sistema de defesa convencional não pode ajudar. Portanto, é importante tratarmos disso o mais rapidamente possível”.

Para a presidente do Comité de Defesa, que se vai deslocar a Israel, este processo deve ser “muito rápido, mas também deve ser discutido com muita seriedade”.

Olaf Scholz é a favor

A decisão ainda não foi tomada, mas o Partido Social-Democrata, do chanceler Olaf Scholz, principal partido da coligação governamental, é a favor, noticiou hoje o jornal alemão ‘Bild’, citado pela AFP.

“Precisamos de nos proteger melhor contra a ameaça russa. Para isso, precisamos rapidamente de um escudo antimísseis à escala da Alemanha “, disse ao periódico Andreas Schwarz, relator do parlamento para o orçamento de defesa.

Segundo Andreas Schwarz, “o sistema israelita Arrow 3 é uma boa solução”, dado que se destina a interceptar mísseis de longo alcance.

O jornal adianta que o sistema tem um custo de cerca de dois mil milhões de euros e poderá estar operacional já em 2025, a partir de três locais na Alemanha.

O escudo de defesa antimísseis deverá mesmo ser suficiente para cobrir também a Polónia, a Roménia e os países bálticos.

“Desempenharíamos, assim, um papel fundamental para a segurança da Europa”, acrescentou Andreas Schwarz.

 

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