O Ministro da Economia e da Energia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou hoje que o país conseguirá resistir à situação decorrente de um potencial embargo da UE às importações de petróleo russo até ao final deste ano, reconhecendo a inevitabilidade das consequências que advirão dessa decisão.
O cenário de proibição do petróleo russo no bloco europeu, que tem vindo a ser defendido por vários países como parte fundamental da resposta ao Kremlin pela invasão da Ucrânia, será discutido esta segunda-feira em Bruxelas. De acordo com dois diplomatas europeus consultados pela “Reuters”, o bloco está inclinado para uma proibição das importações de petróleo russo até ao final do ano no âmbito do sexto pacote de medidas sancionatórias contra a Rússia.
“Conseguimos chegar a uma situação em que a Alemanha pode suportar um embargo petrolífero”, afirmou Habeck durante uma conferência de imprensa, ressalvando que “haverá consequências”.
No mês passado, a Alemanha reduziu a quota do petróleo russo para 25% do total das importações dos 35% registados antes da invasão.
Segundo Habeck, o principal desafio para a Alemanha passa por encontrar entregas alternativas de petróleo a uma refinaria em Schwedt operada pela empresa estatal russa Rosneft, que abastece as regiões da Alemanha Oriental, bem como a área metropolitana de Berlim.
Ontem, domingo, o governante afirmou que a Alemanha poderá vir a cessar a importação de petróleo russo até ao final do verão.
De acordo com Habeck, em matéria de importação de recursos energéticos provenientes da Rússia, a Alemanha conseguiu reduzir a quota de petróleo para 12%, a de carvão para 8% e a de gás natural para 35%.
“Todos os passos que temos dado exigem um enorme esforço coletivo de todos os intervenientes e também representam custos para a economia e para os consumidores. Mas são necessários para que não voltemos a ser chantageados pela Rússia”, disse o ministro alemão.
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