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Alemanha prestes a proibir funcionárias públicas de usarem burca no trabalho

O diploma em causa refere que “o Estado tem o dever de se apresentar de uma maneira ideologicamente e religiosamente neutra”.
28 Abril 2017, 11h19

A maioria dos deputados da câmara baixa do Parlamento alemão aprovou a proibição do uso da burca para funcionárias públicas, juízes e soldados no trabalho. A medida espera a luz verde da câmara alta e insere-se num pacote de novas medidas de segurança destinadas a prevenir os ataques do autoproclamado Estado Islâmico.

O diploma refere que “o Estado tem o dever de se apresentar de uma maneira ideologicamente e religiosamente neutra”, de acordo com as informações do The Sun. Além desta norma a propósito do véu islâmico, a imprensa internacional adianta que o projeto de lei defende ainda o uso de pulseiras eletrónicas para pessoas que são consideradas “uma ameaça à segurança”.

Os partidos de direita alemãos têm-se batido no Bundestag para que se avance para uma proibição total da uso da burca em espaços públicos. Na perspetiva do ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, este impedimento mostra até que ponto a tolerância em relação a outras culturas se aplica ao país.

A decisão surge após a chanceler Angela Merkel pedir a proibição dos véus muçulmanos integrais “sempre que seja legalmente possível”. A França, a Áustria, a Bélgica e a Turquia foram alguns dos país que puniram a sua utilização em espaços públicos.

Também o partido eurocético e anti-emigração britânico UKIP também quer proibir o uso de burcas ou niqbas no Reino Unido por estes representarem “um risco acrescido para a segurança nacional”. Em entrevista à BBC, o líder do partido, Paul Nuttall, explicou que o uso de véus islâmicos esconde a cara de possíveis terroristas e que coloca entraves à integração das comunidades muçulmanas no país.

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