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Alemanha quer arrecadar 500 milhões de euros com portagens para veículos estrangeiros

O parlamento alemão aprovou na passada semana uma lei que introduz portagens para os veículos estrangeiros. Os cálculos preliminares apontam para que esta medida leve cerca de 500 milhões de euros para os cofres alemães.
28 Março 2017, 17h03

O Bundestag, a câmara baixa do parlamento alemão, aprovou na semana passada uma lei que impõe o pagamento de portagens aos veículos com matrícula estrangeira que visitem a Alemanha. De acordo com a Lei, as portagens baseiam-se tanto na duração da viagem como na performance ambiental do veículo, ou seja, pagará menos se usar um veículo menos poluente e estiver menos dias no país.

As primeiras discussões sobre este tema remontam a 2014, altura em que o ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt, revelou os planos para taxar os condutores estrangeiros no início de 2016. O projeto foi, no entanto, atrasado depois de a Comissão Europeia ter afirmado que esta lei seria discriminatória, indo contra as regras da União, conforme noticia a Reuters. Pouco tempo depois foram realizadas as alterações que conduziram à aprovação, nomeadamente a componente ambiental e de permanência, respondendo às exigências da Comissão Europeia.

A Reuters avança ainda que a lei aprovada enfrenta outros problemas, que poderão impedir a aprovação em câmara alta, nomeadamente os pedidos de exceção para as zonas fronteiriças. E alguns dos estados já estão a protestar contra esta intransigência de Dobrindt. Por exemplo, Os estados de Saarland e Rhineland-Palatinate afirmaram recorrer a um comité mediador para realizar a ligação entre as duas câmaras e defender os seus interesses. Ainda de acordo com a Reuters, tais protestos poderão adiar a aprovação final do documento para depois das eleições federais, marcadas para o próximo dia 24 de setembro.

No entanto, caso seja aprovada, a nova lei de portagens poderá ser responsável por um encaixe financeiro de cerca de 500 milhões de euros por ano, de acordo com os cálculos preliminares feitos pelo governo alemão.

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