O vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, candidato dos sociais-democratas do SPD à liderança do governo que resultar das eleições federais de 26 de setembro, adiantou-se nas sondagens após o debate televisivo com o democrata-cristão Armin Laschet e a ecologista Annalena Baerbock realizado neste domingo.
Segundo uma sondagem realizada ontem pelo instituto de estudos de opinião pública Forsa, Scholz foi considerado o vencedor do debate transmitido pela RTL por 36% dos telespectadores, enquanto 30% apontaram o nome da co-líder dos Verdes e apenas 25% preferiram o democrata-cristão escolhido para suceder a Angela Merkel. Atual ministro-presidente da Renânia do Norte-Vestfália, Laschet foi eleito líder da CDU em janeiro, mantendo-se à frente das sondagens até que as catastróficas cheias que assolaram a Alemanha servir de ponto de viragem, pois foi gravado a rir junto a familiares das vítimas.
Ainda mais animadora para o candidato do SPD, partido cujo último chanceler foi Gerhard Schroeder, no distante ano de 2005, é outra sondagem recente, desta feita do instituto INSA, que lhe atribui a preferência de 31% dos alemães quando é perguntado aos alemães quem deverá ser o sucessor de Merkel, contra apenas 14% para Baerbock e desastrosos 10% para Laschet.
A INSA aponta para uma vitória do SPD nas eleições federais de 26 de setembro, com 24%, suplantando a CDU (e o seu partido-irmão CSU, do estado da Baviera), que desce para 21%. Logo atrás vêm os Verdes, com 17%, os liberais do FDP, com 13%, a extrema-direita do Alternativa para a Alemanha, com 11%, e a extrema-esquerda do Die Linke, cujos 6% o colocam quase no limite de não conseguir superar o mínimo de 5% necessário para eleger deputados sem ser em círculos uninominais.
Apesar de as eleições irem ser decididas entre o centro-esquerda e o centro-direita, o peso dos partidos mais extremistas é maior nos estados da antiga República Democrática Alemã, com a Alternativa para a Alemanha a subir para 15% e a Linke a chegar aos 10%.
No debate televisivo deste domingo houve alguma polémica quando foram discutidas as soluções para obter maioria no parlamento federal, com Olaf Scholz a ser pressionado para dizer se admitia liderar uma coligação entre SPD, Verdes e Die Linke. A alternativa poderia passar pelos liberais do FDP, que ao longo das décadas têm governado diversas vezes o país, sobretudo aliados aos democratas-cristãos.
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