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Alfredo da Silva nasceu há 150 anos. Prémios de investigação homenageiam maior industrial do século XX

Fundação Amélia de Mello lança, esta terça-feira, candidaturas para Prémios Alfredo da Silva, em cerimónia presidida pelo ministro da Ciência. Iniciativa distingue e apoia a realização de projetos de investigação científica avançada.
26 Janeiro 2021, 07h55

Alfredo da Silva, nascido a 30 de junho de 1871, em Lisboa, criou o Grupo CUF, contribuiu para a modernização e crescimento das indústrias química e têxtil, para o incremento dos transportes urbanos e marítimos e da reparação naval, para o crescimento da atividade bancária e para a melhoria da prestação de serviços na área da saúde, a par de uma vasta obra social. Foi o maior industrial português do século XX e deixou uma marca indelével no país.

Esta terça-feira, 26 de janeiro, é lembrado e homenageado numa cerimónia presidida pelo ministro da Ciência, Manuel Heitor, na qual participam o seu bisneto Vasco de Melo, que lidera a Fundação Amélia de Mello, e os ilustres da academia João Sàágua e José Fragata, respetivamente reitor da Universidade NOVA de Lisboa e vice-Reitor, responsável pela NOVA Health, e da comunidade empresarial Isabel Furtado e João Castello Branco, presidentes da COTEC Portugal e BCSD Portugal.

No âmbito do programa de comemorações dos 150 anos do nascimento do industrial, a Fundação Amélia de Mello, instituída em outubro de 1964 por iniciativa de Manuel de Mello, genro de Alfredo da Silva, em homenagem à sua mulher, para dar continuidade e reforçar a obra social do Grupo CUF, lança as candidaturas para os Prémios Alfredo da Silva.

A iniciativa tem como objetivo distinguir e apoiar a realização de projetos de investigação científica avançada e envolve três concursos, nos seguintes domínios: Alfredo da Silva e o empreendedorismo; Inovação tecnológica, mobilidade e indústria; e Sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Os destinatários dos prémios são investigadores, integrados ou não nas universidades e institutos politécnicos do país, e visam apoiar a realização de três projetos de investigação, que podem ou não estar ligados à elaboração de provas de grau na vida universitária. Os temas das áreas podem incidir sobre o passado, sobre a história desses domínios, sobre os desafios que se colocam ao seu desenvolvimento e ainda às condições humanas e sociais em que ocorreram e devem vir a desenvolver-se.

O período de candidaturas arranca hoje e termina a 14 de maio de 2021, sendo os vencedores anunciados em junho. Os projetos vencedores receberão um prémio no montante de 25 mil euros cada um.

Pretende-se aguçar o espírito visionário e empreendedor de Alfredo da Silva, um homem que antes de terminar o Curso Superior de Comércio de Lisboa, em 1892, com média de 16,1 valores (a melhor do seu curso), já tinha voz ativa em empresas importantes, como a Companhia Carris de Lisboa e, mais tarde, no Banco Lusitano.

Diz a História que era exigente e rigoroso e que soube sempre rodear-se dos melhores gestores e técnicos.  A CUF, que construiu, foi o maior e mais diversificado grupo empresarial de Portugal, integrando mais de uma centena de empresas. A partir dos lemas “Mais e Melhor” e “O que o País não tem, a CUF cria”, a sua atividade estendeu-se à construção naval, têxteis, química, metalomecânica, minas, petróleos, tabaco, banca e seguros.

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