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Alívio em Wall Street, mas ursos estão à espreita

Antecipando igualmente que 2023 traga contracção de lucros.
8 Setembro 2022, 12h15

O primeiro ponto que se pode retirar da sessão de quarta-feira é que o suporte técnico dos 3.900 pontos no S&P500 foi efectivamente validado, pelo menos no curto-prazo, o que não invalida que o mercado não regresse à correcção assim que aliviar ligeiramente os indicadores técnicos, que já apresentavam alguma saturação do lado vermelho, daí que um rebound acabe por ser um evento positivo, uma vez que faz parte de um processo normal de correcção, recordando que a rejeição há umas semanas da reconquista da média móvel dos 200 dias no caso do S&P500, confirmou inequivocamente que Wall Street se mantém num bear market.

 

Portanto nesta fase a pressão vendedora está como que adormecida, até porque os investidores aguardam com ansiedade a reunião do FED deste mês, e ainda antes disso os dados relativos à inflação, estes últimos que certamente irão mexer com o sentimento do mercado, fazendo disparar o ruído sobre o próximo movimento do banco central norte-americano, que por agora está maioritariamente numa subida de 0.75%, um cenário que foi reforçado pelos diversos comentários de alguns membros do FED, como o da vice presidente, Lael Brainard, que não deixou espaço para equívocos ao afirmar que os juros terão de subir para níveis proibitivos e lá se manterem até que a inflação recue substancialmente.

 

Para além disso, Brainard referiu que não obstante o facto da inflação já poder ter atingido um pico, serão precisos vários meses de redução para que o nível desça até ao objectivo de 2%. Essa é uma realidade que os investidores já estão a incorporar na gestão do risco dos seus portfólios, mas há outro tópico que ainda vai dar que falar, o dos resultados das empresas, sendo que os analistas têm vindo a reduzir as expectativas para o trimestre que decorre, antecipando igualmente que 2023 traga contracção de lucros, o que certamente dará mais espaço para que os ursos continuem a dominar as operações, apesar de recuperações técnicas ocasionais.

 

O gráfico de hoje é do Light Crudel, o time-frame é diário

O WTI tem a linha verde como zona primária de suporte, e a linha amarela como zona secundária, já na casa dos $64 por barril.

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