A Altice Portugal considera que a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) usa critérios que “revelam falta de transparência” sobre os dados relativos às reclamações no setor das comunicações, o que coloca em causa o setor das comunicações, de acordo com o comunicado pela empresa, esta segunda-feira.
“A Altice Portugal não pode deixar de registar a inconsistência e falta de transparência dos números divulgados, já que a Anacom apresenta os valores absolutos, não tendo em conta o volume de clientes por operador. A única forma intelectualmente honesta de apresentar as reclamações do setor, e que a ANACOM já chegou a fazer no passado recente, é reportar as reclamações por 1.000 clientes”, defende a empresa liderada por Alexandre Fonseca em comunicado.
A Anacom revelou, no dia 12 de novembro, dados sobre as reclamações no setor das comunicações, apontando a Meo, empresa da Altice Portugal, como a empresa mais referenciada nas queixas apresentadas sobre comunicações eletrónicas.
Ora, a dona da Meo considera que os número apresentados pelo regulador não correspondem à realidade do setor.
“O setor das telecomunicações tem um valor de aproximadamente 0,37 reclamações por 1.000 clientes, o que demonstra a qualidade do serviço prestado em Portugal, ao invés da mensagem que o regulador passa. Esta média compara muito positivamente com outros setores que apenas prestam um tipo de serviço”, lê-se no comunicado da Altice.
Analisando as reclamações apresentadas por cada mil clientes, a dona da Meo diz ter registado 0,35 queixas por cada mil clientes. “Assim, em outubro, a Meo continua a ser o operador com menor índice de reclamações por 1.000 clientes”, lê-se.
“Por maior esforço e empenho que este setor faça em termos de investimento em redes e infraestruturas de comunicação, em serviços e produtos inovadores, a Anacom continua a denegrir de forma reiterada a imagem do setor em Portugal”, acrescenta o comunicado.
Para a empresa liderada por Alexandre Fonseca, o regulador das comunicações está a “enviesar completamente a leitura dos portugueses sobre o estado das telecomunicações em Portugal”, sublinhando que o organismo liderado por João Cadete de Matos “continua a desprezar o papel fundamental deste setor”, mesmo “no contexto de crise pandémica grave, em que coube aos operadores nacionais assegurar o pleno e regular funcionamento em diferentes áreas da administração pública e da economia nacional”.
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