Amadeo: Tem até domingo para conhecer todas as dimensões de Souza-Cardoso

A grande afluência do público levou à extensão dos horários dos últimos dias da exposição “Amadeo de Souza-Cardoso 2016-1916 Porto Lisboa”, patente no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), em Lisboa. Nos próximos dias 23, 24 e 25, de quinta a sábado, inclusive, tem mais uma opção cultural noturna e poderá visitar a exposição até às 22h. Já no domingo, dia 26 e último dia da mostra, o encerramento será às 18h00.

Visitar a mostra é procurar resposta para questões como “o que se viu há cem anos e o que vemos hoje nas obras expostas?” ou “qual o papel de Amadeo enquanto comissário de si mesmo?”.

Amadeo de Souza Cardoso é um nome incontornável da história da arte portuguesa e a exposição permite regressar até à atmosfera de 1916, quando Amadeo realizou a exposição em Lisboa, após em novembro desse ano ter realizado uma mostra no Porto, recebida com hostilidade pelo público. A exposição de Lisboa foi acompanhada por um texto/manifesto de Almada Negreiros, que no ano seguinte lhe dedicou o livro “K 4 o Quadrado Azul”.

“As exposições individuais que realizou em Portugal, em 1916, inserem-se nessa determinação de afirmação da carreira: a primeira decorreu no Porto, no Jardim Passos Manuel, de 1 a 12 de Novembro; a segunda, em Lisboa, na Liga Naval Portuguesa, de 4 a 18 de Dezembro. O Museu Nacional de Soares dos Reis evocou a exposição no Porto e agora o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado evoca a exposição em Lisboa”, explicou o MANC.

São 81 obras de Amadeo, 52 de instituições públicas e 29 de coleções privadas, com curadoria de Marta Soares e Raquel Henriques da Silva.

Na quinta-feira, dia 23, poderá, ainda, fazer a visita guiada, às 18h30, com a curadora Marta Soares, e no sábado, dia 25, terá a oportunidade de assistir à conferência “O que é uma cópia e o que é uma ilustração? As respostas de Amadeo na sua Légende de Saint Julien l’Hospitalier”, pelas 16h.